Por onde andam 7 "professores" famosos do futebol mundial que sumiram?
Rafael Reis
15/10/2019 04h00
Na linguagem popular do futebol, professor é a forma mais comum que os jogadores brasileiros costumam utilizar durante as entrevistas para se referir aos treinadores de suas equipes.
A semelhança entre as duas profissões é evidente. Tanto os técnicos quanto os mestres têm como objetivo principal passar a seus alunos/atletas o conhecimento que eles terão de colocar em prática ao longo da vida/nos gramados.
No Dia do Professor, o "Blog do Rafael Reis" resolveu desvendar os paradeiros de sete mestres dos bancos de reservas que foram muito importantes no futebol mundial das últimas décadas, mas que andam sumidos dos holofotes.
FABIO CAPELLO
Italiano
73 anos
Um dos treinadores mais influentes do futebol mundial entre as décadas de 1990 e 2000, conquistou uma Liga dos Campeões pelo Milan e dirigiu o Real Madrid em duas oportunidades (1996/1997 e 2006/2007). O treinador italiano, que foi jogador profissional e trabalhou como comentarista de TV durante muitos anos antes de se arriscar no banco de reservas, encerrou sua carreira no ano passado, quando dirigiu o Jiangsu Suning, da China. Antes, teve longas passagens pelas seleções da Inglaterra e da Rússia, mas sem conquistar nada expressivo.
VICENTE DEL BOSQUE
Espanhol
68 anos
O homem que levou a Espanha à conquista do seu único título mundial em 2010 e que ajudou a popularizar em todo o planeta o conceito de manutenção da posse de bola ficou durante oito anos à frente da seleção e decidiu se aposentar depois da Euro de 2016. Del Bosque, que passou a maior parte da carreira trabalhando em diferentes funções no Real Madrid, hoje é figurinha carimbada em eventos de futebol e virou uma espécie de convidado VIP de premiações e festas do mundo da bola.
MARCELLO LIPPI
Italiano
71 anos
Comandante da Itália em seu quarto e mais recente título mundial, a Copa de 2006, o ex-treinador de Juventus e Inter de Milão continua em atividade. Lippi trabalha na China desde 2012. Nos primeiros três anos, dirigiu o Guanghzou Evergrande e conquistou o tricampeonato nacional. Em 2016, assumiu o comando da seleção com objetivos bem claros: recolocá-la na disputa de uma Copa do Mundo e iniciar a construção dos alicerces para que, no futuro, ela seja capaz de ganhar o título da competição.
JUPP HEYNCKES
Alemão
74 anos
O ex-atacante conduziu dois times diferentes à conquista da Liga dos Campeões. Em 1997/1998, Heynckes faturou a Champions no comando do Real Madrid. Em 2012/2013, ele repetiu a dose à frente do Bayern de Munique. O jogo que lhe rendeu o bicampeonato europeu era para ter sido o último de sua carreira como treinador. No entanto, quatro anos depois da aposentadoria, Heynckes não aguentou ver o Bayern em situação difícil e voltou à atividade para uma temporada de despedida, com direito a mais um troféu do Alemão.
ARRIGO SACCHI
Italiano
73 anos
Ex-vendedor de sapatos que nunca jogou futebol profissionalmente, Sacchi foi o grande treinador do planeta entre o fim dos anos 1980 e o começo da década de 1990 e influenciou boa parte dos técnicos que hoje trabalham nos principais clubes do planeta. O italiano ficou famoso pela construção do Milan bicampeão europeu em 1989 e 1990 e foi vice-campeão mundial com a Itália na Copa de 1994. Sacchi abandonou precocemente a carreira de treinador e está aposentado do cargo desde 2001. Seu trabalho mais recente foi como coordenador da base da seleção italiana, entre 2010 e 2014.
GUUS HIDDINK
Holandês
72 anos
Duas vezes quarto colocado da Copa do Mundo (1998, com a Holanda, e 2002, à frente da Coreia do Sul), Hiddink ainda trabalhou em outras três seleções adultas: Austrália, Rússia e Turquia. No futebol de clubes, fez história com o PSV Eindhoven, no qual conquistou seis títulos holandeses, e também passou por Chelsea, Real Madrid e Valencia. No ano passado, foi contratado para dirigir a seleção olímpica da China, mas deixou o cargo no mês de setembro devido ao acúmulo de resultados negativos.
LOUIS VAN GAAL
Holandês
68 anos
Sempre lembrado no Brasil pela relação conflituosa que cultivou com vários do atletas do país (em especial Rivaldo, quem dirigiu no Barcelona), Van Gaal venceu a Liga dos Campeões de 1994/1995 com o Ajax e foi terceiro colocado da Copa de 2014 no comando da seleção holandesa. Conhecido no meio da bola por ser uma mistura entre gênio e louco, despediu-se da carreira de treinador em 2016, depois de duas temporadas nada positivas à frente do Manchester United.
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Sobre o Autor
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.
Sobre o Blog
Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.