Rival do Fla tem até ex-seleção espanhola; veja os gringos da Libertadores
Rafael Reis
05/03/2019 04h00
Iker Hernández nasceu no País Basco, no norte da Espanha. Durante a adolescência, foi companheiro de Paco Alcácer (Borussia Dortmund), Hector Bellerín (Arsenal) e Juan Bernat (Paris Saint-Germain) nas seleções de base.
O atacante começou a carreira na Real Sociedad, tentou a sorte no time B do Athletic Bilbao, arriscou-se no futebol holandês (Den Bosch) e, desde o ano passado, joga na Bolívia. Nesta temporada, é uma das caras novas do San José, adversário desta terça-feira do Flamengo, na estreia da Libertadores.
A principal competição interclubes do futebol da América do Sul não é tão internacionalizada quanto a Champions e nem mesmo quanto a Liga dos Campeões da Ásia, mas também tem espaço para seus "estrangeiros".
Nos elencos dos 32 clubes participantes de sua fase de grupos, há pelo menos cinco jogadores importados de outras partes do mundo e mais três que, apesarem de serem sul-americanos de nascimento, defendem seleções de outros continentes.
Hernández é o único representante genuinamente europeu na Libertadores-2019. Mas a competição também conta com um canadense (Diego Gutiérrez, do Palestino-CHI), um panamenho (Luis Mejía, do Nacional-URU), um costarriquenho (Juan Pablo Vargas, do Tolima-COL) e até com um cubano (César Munder, da Universidad Católica-CHI).
O futebol da Armênia, da Nicarágua e da Palestina também está representado no torneio sul-americano.
O atacante Norbesrto Briasco-Balekian, do Huracán, nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, mas disputou dois amistosos pela seleção armênia no começo do ano passado. Já o venezuelano de nascimento Jaime Moreno joga pela Nicarágua desde 2016.
Por fim, o atacante Fabián Ahumada é um dos vários jogadores de origem chilena que assumiram a cidadania palestina dos seus antepassados para ficarem aptos a defender a seleção dos seus familiares –na Copa da Ásia, disputada em janeiro, dois atletas de clubes do país vestiram a camisa vermelha.
A presença de estrangeiros na Libertadores não chega a ser uma novidade. Em edições anteriores, a competição recebeu atletas japoneses, de outras partes da Europa e até africanos.
No ano passado, o meia-atacante espanhol Juanmi Callejón, irmão de José Callejón, ex-Real Madrid e atualmente no Napoli, disputou o torneio. Desta vez, o Bolívar, clube que defende desde 2018, foi eliminado nos mata-matas preliminares.
A fase de grupos começa nesta terça, com cinco jogos. Assim como o Flamengo, o Athletico-PR, que mede forças contra o Tolima, já entram em campo logo no primeiro dia.
Além dos dois rubro-negros, outros cinco times do país estão na briga pelo título continental: Cruzeiro, Palmeiras, Internacional, Grêmio e Atlético-MG. O São Paulo caiu ainda nos mata-matas iniciais do torneio.
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Sobre o Autor
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.
Sobre o Blog
Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.