Pontaria despenca, e Rússia-2018 vira Copa do chute para fora
Principal jogador da Suíça, Xherdan Shaqiri arriscou nove finalizações nas duas primeiras rodadas da Copa do Mundo. Quatro chutes foram interceptados por marcadores, outros quatro foram para fora e apenas um, o que definiu a vitória de virada por 2 a 1 sobre a Sérvia, acertou o gol.
O caso do meia-atacante do Stoke City (ING) é uma espécie de retrato perfeito de um dos problemas centrais do futebol apresentado até o momento nos gramados da Rússia-2018: a falta de pontaria.
De acordo com dados disponibilizados pela própria Fifa, nos primeiros 40 jogos do Mundial, apenas 301 finalizações chegaram às redes ou ao goleiro adversário.
Isso significa que somente 42,2% dos chutes ou cabeceios que não foram bloqueados no meio do caminho saíram na direção certa. Ou seja, quase 60% de todas as finalizações da Copa simplesmente erraram o alvo.
A situação é bem diferente da vista quatro anos atrás, no Brasil. Ainda segundo estatísticas fornecidas pela Fifa, a edição anterior do Mundial teve 1.689 finalizações, das quais 59,7% (1.009) obrigaram o goleiro rival a trabalhar ou se transformaram em gols.
Das 32 seleções participantes da Copa-2018, apenas sete tiveram até agora mais finalizações certas do que erradas.
O time de melhor pontaria é a Suécia, que acertou o gol em dez dos 16 arremates (62,5%) que não foram bloqueados por adversários. O pior aproveitamento, por outro, é do já eliminado Irã, que precisou de 19 finalizações para acertar só quatro bolas na meta (21%).
A pontaria da seleção brasileira também não é das melhores. O time do técnico Tite foi o que mais chutou nas duas primeiras rodadas do Mundial, com 43 tentativas. Dessas, 12 foram interceptadas por marcadores.
Das 31 tentativas que não foram bloqueadas, apenas 13 saíram na direção certa. Ou seja, a equipe de Neymar, Philippe Coutinho e Gabriel Jesus acertou menos de 42% dos seus arremates contra Suíça e Costa Rica.
A piora significativa na pontaria dos jogos da Copa-2018 em relação à edição passada está mais ligada a questões táticas do que a uma suposta queda na qualidade técnica dos jogadores que disputam a competição mais importante do futebol mundial.
Com marcação cada vez mais apertada e menos espaço e tempo para decidir a jogada mais apropriada, os atletas acabam tendo de arriscar finalizações mais difíceis, de longa de distância ou desequilibrados pelo adversário.
O nível de dificuldade maior significa automaticamente uma chance de acerto menor.
É por isso também que o Mundial da Rússia tem tido menos gols que o do Brasil. Quatro anos atrás, foram 117 gols marcados nas primeiras 40 partidas. Agora, só 105.
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