Primeira final de 2020 terá Zico contra Iniesta
Rafael Reis
30/12/2019 04h00
O primeiro campeão do futebol internacional em 2020 será conhecido por volta das 4h30 (de Brasília) de quarta-feira, dia 1º de janeiro.
Se não houver prorrogação e nem disputa de pênaltis, é esse o horário estimado para o apito final da decisão da 99ª edição da Copa do Imperador do Japão, uma espécie de versão nipônica da Copa do Brasil, que reúne anualmente 88 clubes.
Nesta temporada, a final colocará frente a frente dois dos grandes meio-campistas do futebol mundial das últimas décadas. A diferença é que um deles estará dentro de campo. E o outro, nas tribunas.
Cinco vezes vencedor da Copa do Imperador (a última, em 2016), o Kashima Antlers tem o brasileiro Zico como diretor técnico.
O ex-camisa 10 do Flamengo e da seleção é simplesmente o maior nome da história do clube. Entre 1991 e 1994, ele vestiu a camisa da equipe japonesa. Em 1999, estreou como treinador por lá. E, desde o ano passado, ocupa um posto como cartola.
Adversário do Kashima na decisão da madrugada de quarta, o Vissel Kobe, que busca seu primeiro título, é liderado no gramado por Andrés Iniesta, um dos maiores meias deste século, que marcou época no Barcelona e fez o gol que deu à Espanha o título mundial de 2010.
O veterano de 35 anos está em sua segunda temporada no Japão. Ele deixou o Barça em junho do ano passado para jogar justamente na equipe que a Rakuten, patrocinadora principal do clube catalão, mantém na Ásia.
Além de Iniesta, que tem movimentado o Mercado da Bola nas últimas semanas devido ao interesse do Estudiantes (ARG) de contratá-lo, o Kobe conta com vários outros jogadores conhecidos do futebol europeu.
São mais três ex-Barcelona no elenco: o zagueiro belga Thomas Vermaelen, o meia Sergi Samper e o atacante David Villa. O alemão Lukas Podolski completa a constelação do finalista da Copa do Imperador.
O Kobe conta ainda com dois brasileiros, o zagueiro Dankler (ex-Vitória e Botafogo) e o atacante Wellington Tanque, que já rodou bastante e joogu no Internacional, no Náutico e no Figueirense.
O Kashima, de Zico, tem quatro representantes do futebol mundial dentro de campo. O mais conhecido deles é o atacante Leandro, que defendeu Palmeiras, Santos e Grêmio. O volante Léo Silva (ex-Cruzeiro), o meia Serginho (ex-Santos) e o zagueiro Bueno, que só atuou profissionalmente no Japão, completam o time.
Na próxima temporada, o time também deve ter um brasileiro no banco de reservas. Depois de conquistar o título da Série B com o Red Bull Bragantino, Antônio Carlos Zago deve assumir o comando da equipe. Na final desta quarta, ela será comandada pelo japonês Go Oiwa.
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Sobre o Autor
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.
Sobre o Blog
Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.