O que aconteceria se Palmeiras e Flamengo disputassem campeonatos europeus?
Quase todos os titulares do Flamengo já defenderam a seleção em algum momento de suas carreiras. O Palmeiras também não fica muito atrás: tem um elenco com duas, três ou até quatro boas opções para cada opção.
Apesar de estarem atrás do Santos na tabela do Campeonato Brasileiro, o Rubro-negro carioca e o Alviverde paulistano são inegavelmente as maiores potências (inclusive financeiras) do futebol nacional na atualidade.
As recentes contratações de jogadores como Rafinha e Filipe Luís, pelo Fla, e de Ramires e Luiz Adriano, pelo Palmeiras, fazem o torcedor se perguntar: o que esses clubes fariam se disputassem os principais campeonatos nacionais do Velho Continente?
É claro que responder essa pergunta não passa de um exercício livre de criatividade. Se fossem europeus, os dois clubes teriam treinadores e jogadores diferentes, estariam inseridos dentro de outra cultura futebolística e nem teriam a mesma relação com as torcidas.
Mas, com os elencos e trabalhos que ambos possuem atualmente, dá para chegar a algumas conclusões. E, a primeira delas é que nenhum deles seria suficientemente forte para brigar por títulos nas cinco principais ligas europeias (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França) e nem mesmo no Campeonato Português.
Como o futebol é um esporte dos mais suscetíveis a zebras, Fla e Palmeiras podem sim derrotar em um raro e determinado dia em que tudo dê certo equipes de porte mais elevado, como Manchester City, Barcelona, Juventus, Bayern de Munique, Paris Saint-Germain ou Benfica. Mas nenhum deles seria capaz de manter o mesmo nível de regularidade em alto nível dos campeões nacionais da temporada passada.
Em Portugal, talvez até desse para a dupla brasileira sonhar com uma classificação para a Liga dos Campeões. Na Itália, na Espanha, na Alemanha e na França, conquistar vaga para a Liga Europa já seria um objetivo de bom tamanho.
Já na Premier League inglesa, o mais rico e forte dos campeonatos nacionais do planeta, manter-se no meio da tabela e não brigar contra o rebaixamento já seria uma vitória para paulistanos e cariocas.
Talvez alguém aqui ache que estou sendo duro demais com Flamengo e Palmeiras devido à instabilidade que eles estão passando nas últimas semanas –ambos tiveram uma certa dose de sofrimento até conseguirem a classificação para as quartas de final da Libertadores, nesta semana.
Mas essa crítica não tem nada a ver com os resultados mais recentes. Quando comparada às principais ligas nacionais do Velho Continente, o nível técnico do futebol brasileiro é realmente bem baixo. E isso atinge até mesmo os clubes mais poderosos daqui.
Os olheiros dos times europeus percebem melhor o abismo existente o futebol praticado por aqui e o jogado do outro lado do Oceano Atlântico.
Apesar de serem os protagonistas do Palmeiras há algumas temporadas e viverem seus auges físico e técnico, o meia Bruno Henrique e o atacante Dudu jamais receberam sequer uma proposta de um grande clube da Europa.
O zagueiro paraguaio Gustavo Gómez, outro dos destaques da equipe de Luiz Felipe Scolari, só jogou 20 partidas em duas temporadas no Milan antes de voltar para a América do Sul.
Artilheiro do Brasileiro e principal peça ofensiva flamenguista, Gabigol é outro que fracassou no futebol europeu. O atacante esquentou banco na Inter de Milão e no Benfica e marcou apenas dois gols durante o período de um ano e meio em que se aventurou no exterior.
Rodrigo Caio e Giorgian de Arrascaeta, dois dos seus companheiros no clube do Rio, fincaram raízes no futebol brasileiro porque, mesmo se destacando por aqui, nunca entraram na lista de desejos de algum time realmente poderoso de fora.
Esses são só alguns exemplos do quanto as equipes brasileiras estão distantes das europeias. E é por isso que Fla e Palmeiras dificilmente fariam algo de relevante se tivessem de medir forças com as maiores potências do planeta.
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