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Rafael Reis

Maior gastão da Inglaterra acabou de subir e bateu recorde com brasileiro

Rafael Reis

19/07/2019 04h00

Nada de Liverpool, Tottenham, Manchester City, Manchester United, Chelsea ou Arsenal. Por enquanto, o clube que mais investiu em reforços para a temporada 2019/20 do Campeonato Inglês não pertence ao Big 6 que domina o futebol local. E nem estava na primeira divisão até dois meses atrás.

De volta à Premier League depois de três temporadas consecutivas na segundona, o Aston Villa decidiu gastar como nunca para não correr risco de perder rapidamente seu lugar na liga nacional mais rica e badalada do planeta.

Crédito: Divulgação

O clube de Birmingham é o único inglês que já ultrapassou a marca de 100 milhões de euros (R$ 433,2 milhões) em contratações na atual janela de transferências. Foram investidos até o momento 101,1 milhões de euros (R$ 438 milhões) em 12 reforços.

Só sete clubes no planeta gastaram mais que isso nesta temporada: os espanhóis Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madri e Sevilla, os alemães Borussia Dortmund e Bayern de Munique e a italiana Juventus.

A maior parte da grana do Aston Villa foi torrada em um brasileiro. Autor de 17 gols pelo Brugge (Bélgica) na temporada passada, o centroavante Wesley custou 25 milhões de euros (R$ 108 milhões) e virou a contratação mais cara da história do clube.

Aliás, três dos quatro maiores negócios já feitos pelo Aston Villa foram concretizados nesta janela: o zagueiro Tyrone Mings, ex-Bournemouth, chegou por 22,3 milhões de euros (R$ 96,6 milhões) e o lateral esquerdo Matt Targett, ex-Southampton, foi contratado por 15,6 milhões de euros (R$ 67,6 milhões).

O curioso é que todo esse investimento veio dos cofres do próprio clube e não de outras movimentações realizadas nesta janela de transferências. Afinal, a equipe não arrecadou sequer um centavo em transferências de jogadores que faziam parte do seu elenco na temporada passada. Os principais nomes do retorno à primeira divisão continuam na equipe, caso do meia Jack Grealish.

Apesar de já ter conquistado a Champions League no passado, o Aston Villa vive um jejum de títulos que se aproxima de 40 anos. A Supercopa europeia de 1982, mesmo ano em que se sagrou campeão continental, foi o último troféu relevante que chegou a Birmingham.

Assim como acontece com a maior parte da elite inglesa, o clube também está em mãos estrangeiras. Seu proprietário majoritário é um fundo egípcio ligado à construção civil. O chinês Tony Xia é o acionista minoritário, com 45% das ações.

Ao contrário do que vinha acontecendo nas últimas temporadas, os ingleses vêm sendo bem econômicos nesta janela de transferências. Os 20 clubes da primeira divisão gastaram até o momento 758 milhões de euros (R$ 3,3 bilhões) em novos jogadores, menos que os integrantes dos campeonatos Espanhol e Italiano.

O investimento está bem aquém do 1,5 bilhão de euros (R$ 6,5 bilhões) registrado no meio de 2018. Na ocasião, seis dos seus times (Chelsea, Liverpool, Fulham, Leicester, Wolverhampton e West Ham) quebraram a barreira dos 100 milhões de euros no Mercado da Bola.

Das principais ligas nacionais da Europa, a Inglesa é a primeira que fechará sua janela de transferência. Os integrantes da Premier League têm até o dia 8 de agosto para realizarem suas contratações para esta temporada.

OS 10 CLUBES INGLESES QUE MAIS GASTARAM:

1 – Aston Villa – 101,1 milhões de euros
2 – Manchester City – 90 milhões
3 – Leicester – 85,1 milhões
4 – Manchester United – 72 milhões
5 – Tottenham – 71 milhões
6 – West Ham – 68 milhões
7 – Southampton – 54,6 milhões
8 – Wolverhampton – 51,5 milhões
9 – Chelsea – 45 milhões
10 – Everton – 34,5 milhões

Fonte: Transfermarkt


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.