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Rafael Reis

Por onde andam 7 ídolos históricos do Atlético de Madri?

Rafael Reis

18/04/2019 04h20

Eles já penduraram as chuteiras e abandonaram o futebol profissional. Mesmo assim, continuam sendo amados e idolatrados pelos torcedores dos clubes onde marcaram gols, fizeram defesas milagrosas, conquistaram títulos importantes e escreveram seus nomes na história.

Desde a última quinta-feira, o "Blog do Rafael Reis" publica semanalmente a seção "Por Onde Andam os ídolos?". Ao longo dos próximos meses, mostraremos os paradeiros dos maiores nomes de todos os tempos dos times mais importantes do futebol europeu.

Hoje, apresentamos o destino de sete ídolos históricos do Atlético de Madri. Na próxima semana, será a vez de fazer o mesmo com jogadores que construíram a trajetória do Manchester City.

DIEGO SIMEONE
48 anos
Ex-volante
Argentino

Crédito: Reprodução

Não é de hoje que a torcida colchonera idolatra o argentino. No século passado, muito antes de se tornar um dos treinadores mais celebrados do clube em todos os tempos, Simeone escreveu seu nome na história do Atleti ao ser um dos protagonistas da conquista do título espanhol em 1995/96. Apesar da fama de  brucutu que o acompanhou durante toda a carreira, o volante foi o vice-artilheiro da equipe naquela temporada, com 12 gols. Em 2011, Cholo retornou à Espanha para dirigir o time que já o tinha como ídolo e, desde então, faturou sete troféus e disputou duas finais de Liga dos Campeões da Europa.

LUÍS PEREIRA
69 anos
Ex-zagueiro
Brasileiro

Crédito: Reprodução

Um dos grandes zagueiros da história do futebol brasileiro, foi ídolo do Palmeiras e disputou a Copa do Mundo de 1974. Logo depois da competição, migrou para o Atlético de Madri, onde permaneceu durante seis temporadas, ganhou um título espanhol e faturou um Mundial de Clubes. Após a aposentadoria, retornou à Espanha para comandar as categorias de base do clube. Sob sua gestão, o Atleti formou jogadores importantes no cenário internacional contemporâneo, como Koke, Saúl Ñíguez e David de Gea.

LEIVINHA
69 anos
Ex-atacante
Brasileiro

Crédito: Reprodução

Assim como Luís Pereira, brilhou com a camisa do Palmeiras, disputou o Mundial-1974 e acabou se transferindo para o Atlético, onde também teve uma trajetória de sucesso. A permanência de Leivinha na Espanha, no entanto, foi menor: durou apenas quatro temporadas. Depois de pendurar as chuteiras, Leivinha foi comentarista da Sportv e da Band. O ex-jogador também é tio do volante Lucas Leiva, ex-Grêmio e Liverpool, que atualmente defende a Lazio.

ADELARDO RODRÍGUEZ
79 anos
Ex-meia
Espanhol

Crédito: Divulgação

Recordista de jogos do Atleti, disputou 551 partidas pelo clube colchonero entre 1959 e 1976. Adelardo foi ídolo de uma das fases mais vencedoras da equipe da capital espanhola em todos os tempos e despediu-se do futebol com três títulos nacionais, cinco Copas do Rei (na época, Copa do Generalíssimo) e um Mundial de Clubes no currículo. Atualmente, o ex-meia é o presidente da Fundação Atlético de Madri, que utiliza a agremiação para realizar trabalhos sociais na Espanha e em outros países.

JOSÉ EULOGIO GÁRATE
74 anos
Ex-atacante
Espanhol

Crédito: Reprodução

Nascido na Argentina, mudou-se para a Europa ainda na infância, construiu toda sua carreira por lá e até defendeu a seleção espanhola em amistosos e eliminatórias para Copa do Mundo e Eurocopa. Três vezes artilheiro do Campeonato Espanhol (1969, 1970 e 1971), é o maior goleador vivo da história atleticana, com 135 bolas nas redes em 241 apresentações. Formado em engenharia industrial, dedicou-se a essa carreira depois de largar o futebol. No começo deste mês, Gárate foi homenageado por uma federação das torcidas organizadas do clube.

DIEGO FORLÁN
39 anos
Ex-atacante
Uruguaio

Crédito: Haakon Mosvold Larsen/Efe

O uruguaio foi o símbolo máximo do início do processo que recolocou o Atlético como uma das potências do futebol europeu nesta década. Forlán vestiu a camisa colchonera entre 2007 e 2011. Ao longo dessas quatro temporadas, conquistou dois títulos: a Liga Europa e a Supercopa da Europa de 2010. Parece pouco, mas já foi muito para um clube que não ganhava nada há mais de uma década. Aposentado desde o meio do ano passado, o ex-atacante já concluiu um curso na Argentina para trabalhar como treinador.

LUIS ARAGONÉS
Morto em 2014, aos 75 anos
Ex-meia
Espanhol

Crédito: Divulgação

A ideia desse espaço é trazer apenas ídolos que ainda estejam vivos. No entanto, é impossível falar de Atlético de Madri sem citar Luis Aragonés. Maior artilheiro da história do clube, com 172 gols, ele defendeu a camisa colchonera durante dez temporadas e levou a equipe a três títulos nacionais e à final da Liga dos Campeões de 1974. Como treinador, teve mais quatro passagens pelo estádio Vicente Calderón e levantou sete taças, inclusive a do Mundial. Fora do Atleti, ficou eternizado por ter dado início à "era de ouro" da seleção espanhola com a conquista da Eurocopa-2008.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.