Sevilla não quer Ganso, mas é 45% melhor com ele em campo
"Ganso de saída do Sevilla". "Ganso busca um novo clube para 2018". "Futuro de Ganso deve ser um empréstimo para outro time". As últimas notícias publicadas pela imprensa espanhola sobre o meio-campista brasileiro têm todas o mesmo tom.
O ex-jogador de Santos e São Paulo está fora dos planos do técnico Vincenzo Montella, parece com os dias contados no Sevilla e deve encontrar uma nova equipe para defender até o fechamento da janela de transferências do inverno europeu, no fim do mês.
Mas essa situação poderia ser diferente se o treinador italiano, no cargo há menos de um mês, analisasse o desempenho do time ao longo de temporada. Em 2017/18, o Sevilla é 45,4% melhor quando tem Ganso em campo.
Foram 11 partidas com o camisa 19 escalado como titular ou saindo do banco de reservas. Dessas, a equipe andaluz venceu sete, empatou três e perdeu apenas uma. Ou seja, conquistou 72,7% dos pontos que disputou.
O aproveitamento sem Ganso é bastante inferior: apenas 50%. Resultado das nove vitórias, três empates e oito derrotas em que abriu mão do meia.
É verdade que o brasileiro não enfrentou os adversários mais fortes da temporada (Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madri e Liverpool), mas o clube também protagonizou alguns vexames contra rivais fracos sem ele –levou 5 a 1 do Spartak Moscou, na Champions, e perdeu por 1 a 0 para o Alavés, 16º colocado no Campeonato Espanhol.
O desempenho individual de Ganso também não é dos piores. O brasileiro participou ativamente de sete gols nos 11 jogos que disputou. Foram quatro bolas empurradas por ele próprio para as redes e mais três assistências.
A marca é melhor que as do dinamarquês Michael Krohn-Dehli (participação em dois gols) e do argentino Franco Vázquez (participação), que atuam na mesma faixa do campo e foram escalados mais vezes durante a temporada.
Entre os meias centrais do Sevilla, apenas o argentino Éver Banega tem desempenho melhor que o do camisa 19: três gols marcados e cinco passes para companheiros.
Titular no início da temporada e relegado ao banco de reservas durante dois meses, Ganso vinha recuperando espaço com o técnico Eduardo Berizzo no fim do ano. No entanto, a demissão do argentino e a contratação de Montella minaram essa reabilitação.
O ex-comandante de Roma, Fiorentina e Milan não considera que o brasileiro tem disposição física para aguentar o estilo de jogo intenso que pretende implantar no Sevilla.
A última partida de Ganso, a derrota por 3 a 1 para a Real Sociedad, em 20 de dezembro, foi também a despedida de Berizzo.
Nos quatro jogos do Sevilla sob comando de Montella, inclusive dois pela Copa do Rei, competição na qual os reservas costumam receber mais oportunidades, o meia não foi sequer relacionado.
Mais de Brasileiros pelo Mundo
– 5 destaques da Copa São Paulo que hoje estão "desaparecidos" no exterior
– "Bom com os pés", Ederson se destaca nos passes e supera até De Bruyne
– Para robôs, Neymar é o melhor do mundo e seleção de 2017/18 tem 3 brasileiros
– Por que o Brasil é o "rei" do mercado na janela de janeiro?
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.