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Rafael Reis

Obinna (o original) e mais 5 africanos que passaram pelo futebol brasileiro

Rafael Reis

28/09/2017 04h30

O atacante camaronês Diederrick Joel Tagueu Tadjo é uma figura incomum no futebol brasileiro. Nascido em Camarões, ele desembarcou por aqui na adolescência e passou por Iraty, Londrina, Coritiba, Cruzeiro, Santos e Botafogo.

Atualmente, o jogador de 23 anos, que defende o Avaí, é o único africano na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

Mas isso não significa que Joel seja o primeiro atleta nascido na África a atuar no futebol pentacampeão mundial. Muito pelo contrário: conheça abaixo outros seis representantes do continente que jogaram no Brasil.

VICTOR OBINNA
Nigeriano
30 anos
Atacante
Jogou no Internacional

O jogador, que defenderia mais tarde a Inter de Milão e conquistaria a prata olímpica com a seleção nigeriana em Londres-2008, esteve pelas categorias de base do Internacional e só não jogou no time principal devido a problemas de documentação. Apesar de curta, a passagem de Obinna pelo futebol brasileiro deixou um legado: rebatizou Manuel de Brito Filho, centroavante que atuou por Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG e possui grande semelhança física com o nigeriano.

WILLIAM ANDEM
Camaronês
49 anos
Goleiro
Jogou no Cruzeiro e no Bahia

O goleiro disputou a Copa do Mundo-1998, na França, como jogador do Bahia e antes já havia passado dois anos defendendo a meta do Cruzeiro. Foi atuando pelo clube mineiro que o camaronês viveu um dos momentos mais polêmicos de sua carreira. Após ser driblado por Euller durante um clássico contra o Atlético, Andem deu um pontapé no atacante e, na sequência, agrediu outro adversário, o zagueiro Gutemberg.

MARK FRANK WILLIAMS
Sul-Africano
51 anos
Atacante
Jogou no Corinthians

Poucos torcedores do Corinthians lembram que em 1996 o elenco do clube contava com um jogador importado da África do Sul. Descoberto pela diretoria corintiana depois do título continental conquistado pela seleção sul-africana naquele ano, Mark Frank Williams realmente não fez nada digno de lembrança vestindo a camisa alvinegra. Foram apenas três jogos e nenhum gol. Após ir embora, o centroavante ainda criticou a bagunça corintiana que, segundo ele, prejudicou seu desempenho no futebol brasileiro.

JOHNSON MACABA
Angolano
38 anos
Atacante
Jogou em vários clubes, como Londrina, Gama, Portuguesa e Goiás

O atacante de porte semelhante a de um maratonista fez praticamente toda sua carreira atuando em clubes pequenos do Brasil. Johnson se profissionalizou no São Bernardo e defendeu 14 times diferentes por aqui. O ápice de sua carreira aconteceu no fim da década passada, quando foi convocado para defender a seleção de Angola nas Copas Africanas de 2008 e 2010. O centroavante também jogou na China e teve um rápido retorno para o futebol de sua terra natal.

KENNEDY NAGOLI
Zimbabuano
44 anos
Meia
Jogou no Santos

Descoberto por Pelé durante uma visita à África do Sul, onde atuava pelo Jomo Cosmos, foi indicado pelo Rei e se tornou o primeiro jogador africano a defender o Santos. Só que o ponto alto da passagem de Kennedy pela Vila Belmiro foi mesmo a indicação que recebeu. Dentro de campo, o zimbabuano disputou 13 partidas entre 1995 e 1996 e marcou apenas duas vezes.

GERALDO
Angolano
25 anos
Meia-atacante
Jogou no Coritiba, no Paraná, no Red Bull Brasil e no Atlético-GO

Chegou ao Brasil antes mesmo de se tornar profissional e passou pelas categorias de base do Rio Claro e do Coritiba. Em 2010, aos 18 anos, virou ídolo da torcida coxa branca ao marcar na vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-PR, que deu o título paranaense ao clube. Após rodar bastante pelo futebol brasileiro, Geraldo retornou para Angola há dois anos.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.