Por onde andam campeões da C. das Confederações pré-domínio do Brasil?
Copa das Confederações é aquela competição disputada pelas seleções campeãs de cada continente e que acaba sempre do mesmo jeito, com o Brasil no lugar mais alto do pódio e levantando o troféu.
Durante tempos, essa piada fez todo sentido. Afinal, foram três conquistas consecutivas da única seleção pentacampeã mundial de futebol: 2005, 2009 e 2013.
Mas piada cairá por terra neste ano, já que o Brasil não participa da Copa das Confederações-2017, que está sendo disputada desde o último fim de semana na Rússia.
É hora então de lembrar da última seleção que faturou o torneio antes do início da hegemonia brasileira. Em 2003, a França ficou com a taça depois de derrotar Camarões, na prorrogação de uma final marcada por homenagens a Marc-Vivien Foé, volante camaronês que havia morrido em campo durante a disputa da competição.
Quatorze anos depois, o que andam fazendo os jogadores franceses que conquistaram aquela Copa das Confederações? É isso que você descobrirá logo abaixo.
POR ONDE ANDA – FRANÇA (2003)
Fabien Barthez (45 anos) – O goleiro, que nunca foi uma unanimidade na França, tem uma vida bastante intensa desde que deixou o futebol profissional, há dez anos. Barthez virou piloto de carros, participou de competições de Porsche e até disputou a tradicional 24 horas de Le Mans. Também trabalhou como dirigente e presidente de honra do Luzenac, clube que chegou a subir para a segunda divisão francesa em 2014, mas que perdeu na Justiça o direito de disputá-la.
Willy Sagnol (40 anos) – Lateral direito do Bayern de Munique por quase uma década, acumulou bons empregos desde a aposentadoria, em 2008. Sagnol foi diretor esportivo da Federação Francesa de Futebol, treinou as seleções sub-20 e sub-21 do seu país e comandou o Bordeaux durante quase dois anos. Na próxima temporada, será assistente técnico de Carlo Ancelotti no Bayern.
Marcel Desailly (48 anos) – Apelidado de "The Rock" (A Pedra ou a Rocha, em tradução para o português), o ex-zagueiro de Milan e Chelsea emendou uma carreira de comentarista de futebol logo após pendurar as chuteiras, em 2004, e também participou de inúmeras campanhas beneficentes. Atualmente, Desailly faz parte da academia Laureus, que escolhe os vencedores e entrega o prêmio conhecido informalmente como "Oscar do esporte".
William Gallas (39 anos) – Zagueiro com passagem por Chelsea, Arsenal e Tottenham, encerrou a carreira há apenas três anos, defendendo o Perth Glory, da Austrália. No momento, tem se dedicado a trabalhos voluntários. Neste fim de semana, irá participar de uma partida beneficente para arrecadar fundos para uma organização que investe em educação em Benin, na África.
Bixente Lizarazu (47 anos) – O lateral esquerdo de origem basca é um dos principais comentaristas de futebol da França na atualidade. Lizarazu trabalha na TV, no rádio e também escreve para o "L'Equipe", principal jornal esportivo do país. Nas horas vagas, ainda encontra tempo para se dedicar a duas outras paixões: o jiu-jitsu (já foi campeão europeu em 2009) e o surfe.
Olivier Dacourt (42 anos) – O volante, que na época se destacava com a camisa da Roma, não teve vida longa na seleção francesa. Foram apenas três anos e 21 partidas a serviço dos "Bleus". Após pendurar as chuteiras, Dacourt construiu uma carreira como comentarista de futebol na TV. O ex-jogador já trabalhou para a Eurosport e atualmente faz parte do elenco do Canal+.
Benoit Pedretti (36 anos) – Um daqueles casos clássicos de promessa que não vingou, o meia rodou por Olympique de Marselha, Lyon, Auxerre e Lille, entre outros clubes franceses. Ainda em atividade, defendeu nas duas últimas temporadas o Nancy. Titular da equipe durante a maior parte do Campeonato Francês, não conseguiu evitar seu rebaixamento para a segunda divisão.
Ludovic Giuly (40 anos) – Camisa 10 da França na Copa das Confederações, foi campeão europeu com o Barcelona em 2006 e também defendeu Roma, Monaco e Paris Saint-Germain. Dedicou os últimos três anos de sua carreira ao Monts d'or Azergues, time que disputa a quarta divisão francesa. Em 2013, o estádio do clube passou a ser chamado de Ludovic Giuly em sua homenagem.
Sylvain Wiltord (43 anos) – O ex-atacante do Arsenal disputou duas Copas do Mundo (2002 e 2006) e marcou respeitáveis 26 gols com a camisa da seleção francesa. Aposentado desde 2012, participou dois anos atrás de um reality show de sobrevivência na TV da França que ficou marcado por um acidente de helicóptero que matou dez pessoas, incluindo três participantes.
Djibril Cissé (35 anos) – Estrela teen do futebol francês no início da década passada, o caçula da França na Copa das Confederações teve uma carreira marcada por polêmicas e chegou a ser preso no escândalo de extorsão contra o meia Mathieu Valbuena. Aposentado desde 2015, Cissé já participou de um filme, lançou uma linha de roupas e perfumes e participou da versão francesa do "Dança dos Famosos".
Thierry Henry (39 anos) – Melhor jogador da Copa das Confederações-2003 e autor do gol do título, o ex-atacante francês é o artilheiro máximo do Arsenal em todos os tempos, com 228 gols. Astro do New York Red Bulls e do futebol dos EUA por quatro temporadas, está aposentado desde 2014. No ano passado, estreou em uma nova função, a de auxiliar-técnico da seleção da Bélgica.
Robert Pirès (43 anos) – Reserva na decisão contra o Camaronês, o meia ascendência portuguesa fez parte do lendário Arsenal campeão inglês invicto em 2003/04 e ainda jogou por Villarreal e Aston Villa até deixar o futebol profissional, em 2011. Três anos depois, Pirès abandonou a aposentadoria para disputar as duas primeiras temporadas da Superliga Indiana. O francês também comenta jogos esporadicamente para a Sky Sports.
Lilian Thuram (45 anos) – Um dos remanescentes do time que havia sido campeão mundial cinco anos antes, o lateral direito se tornou uma importante nome no combate contra o racismo desde a aposentadoria, em 2008. Thuram é hoje embaixador da Unicef e uma voz relevante no cenário francês. Ao longo da carreira pós-futebol, o ex-jogador já liderou protestos contra o ex-presidente Nicolas Sarkozy e foi curador de uma exposição de museu.
Olivier Kapo (36 anos) – Nascido na Costa do Marfim, disputou apenas nove partidas com a camisa da França. Uma espécie de peregrino da bola, jogou profissionalmente em oito países diferentes. Está sem jogar desde 2015, quando deixou o Korona Kielce, da Polônia. Na semana passada, disputou um amistoso contra a Itália com a seleção de másters da França.
Jacques Santini (65 anos) – Técnico responsável pelo primeiro título francês da história do Lyon, em 2002, assumiu a seleção depois da Copa do Mundo daquele ano e durou só até a Eurocopa, em 2004. Após deixar o cargo, trabalhou pouco como treinador. Foram alguns meses à frente do Tottenham e uma temporada no comando do Auxerre. Desde então, migrou para cargos diretivos. O mais recente, no Paris FC, onde ficou até 2014.
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