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Rafael Reis

Por onde andam os jogadores da Alemanha que foi tri mundial na Copa-1990?

Rafael Reis

15/06/2017 04h30

Em 2014, a Alemanha faturou o quarto título de Copa do Mundo de sua história. O enredo da conquista ainda está bem presente na nossa memória: goleada por 7 a 1 sobre o anfitrião Brasil na semifinal e um magro 1 a 0, gol de Götze, na prorrogação, sobre a Argentina na decisão.

Mas para poder ser tetracampeã mundial, a seleção alvinegra antes teve de se sagrar tri. E isso aconteceu em 1990.

Vinte e sete anos atrás, a Alemanha, comandada por Franz Beckenbauer e liderada em campo por Lothar Matthäus, venceu aquela que é considerada até hoje a mais chata e entediante de todas as edições da Copa do Mundo.

Curiosamente, a adversária na final também foi a Argentina. E o placar foi o mesmo: 1 a 0.

Saiba abaixo quais os paradeiros dos jogadores que deram ao futebol alemão o seu terceiro título mundial.

POR ONDE ANDA – ALEMANHA (1990)

Bodo Illgner (50 anos) – Defendeu apenas dois clubes em toda a carreira, o Colônia e o Real Madrid, onde chegou em 1996 e permaneceu até a aposentadoria, cinco anos mais tarde. Comentarista da Sky holandesa e da espanhola beIN Sports, costuma usar as redes sociais para falar de futebol e também para declarar seu amor à esposa, Bianca.

Thomas Berthold (52 anos) – Lateral direito da equipe tricampeã mundial, o ex-jogador de Bayern de Munique, Roma e Stuttgart tem lugar cativo na TV alemã. Berthold trabalha como apresentador e comentarista para dois canais e participou de uma cobertura quadrlíngue na Euro feminina de 2013.

Guido Buchwald (56 anos) – O zagueiro que anulou Maradona na decisão da Copa esboçou uma carreira como treinador e até foi campeão japonês do Urawa Reds (atualmente Urawa Red Diamonds). Entre 2013 e 2013, foi dirigente do Stuttgart Kickers, clube que o revelou para o futebol alemão. Há dois anos, ocupa vaga de olheiro na comissão técnica do Stuttgart.

Klaus Augenthaler (59 anos) – Líbero com mais de 400 partidas pelo Bayern de Munique, único clube que defendeu durante toda a carreira, deixou o futebol profissional um ano depois do título mundial. Augenthaler trabalhou durante cinco anos na comissão técnica do Bayern antes de se lançar na carreira de treinador. O ex-defensor passou por Nuremberg, Bayer Leverkusen e Wolfsburg. Na última temporada, dirigiu o Donaustauf, de uma liga amadora da Baviera.

Jürgen Kohler (51 anos) – Mais um campeão mundial de 1990 que tem se revezado entre os bancos de reservas e a administração de clubes de futebol. Kohler dirigiu o Duisburg e a seleção alemã sub-21. Também foi diretor esportivo do Bayer Leverkusen e de equipes pequenas do país. Desde o ano passado, é o treinador do Vfl Alfter, que disputa a quinta divisão da Alemanha.

Andreas Brehme (56 anos) – Autor do gol de pênalti que deu o título à Alemanha, o ex-lateral esquerdo famoso por ser ambidestro pelo ótimo aproveitamento nas bolas paradas chegou a dirigir o Kaiserslautern e a trabalhar no Stuttgart depois da aposentadoria, mas se atolou em dívidas e vive em dificuldades financeiras. Em 2014, chegou a receber uma oferta para trabalhar na limpeza de banheiros da empresa de um amigo para conseguir quitar os débitos.

Lothar Matthäus (56 anos) – Líder e cérebro da Alemanha na conquista do tricampeonato mundial, foi técnico de poucos resultados expressivos entre 2001 e 2011 e, desde então, tem trabalhado como comentarista esportivo ao redor do planeta –participou inclusive da cobertura da Copa-2014 pela SporTV.  Ainda como treinador, teve uma passagem de dois meses pelo Atlético-PR em 2006.

Thomas Hässler (51 anos) – Veterano de três Copas do Mundo (1990, 1994 e 1998) e escolhido para a seleção da Euro-1992, o ex-meia entrou no mundo da música e fundou, ainda em 1996, uma gravadora. Hässler também trabalhou como auxiliar técnico na Nigéria, no Irã e no Colônia. No ano passado, assinou contrato de duas temporadas para treinar o Club Italia, que atua nas divisões inferiores do futebol germânico.

Pierre Littbarski (57 anos) – Famosos pelos dribles, uma habilidade rara entre os jogadores alemães, Littbarski foi treinador no Japão, na Austrália, no Irã e até em Liechtestein. Desde 2010, trabalha no Wolfsburg. Já foi assistente, técnico interino e hoje comanda o setor de olheiros do clube da Volkswagen.

Rudi Völler (57 anos) – Homem-gol da seleção alemã durante mais de uma década, participou das Copas do Mundo de 1986, 1990 e 1994. Como treinador, dirigiu a Roma, o Bayer Leverkusen e levou a Alemanha ao vice-campeonato mundial em 2002. Aposentado do banco de reservas, é há 12 anos o diretor esportivo do Leverkusen, clube onde é ídolo.

Jürgen Klinsmann (52 anos) – Um dos principais nomes do futebol alemão nos anos 1990, é lembrado pelas gerações mais novas pelos cinco anos em que esteve à frente da seleção dos Estados Unidos (entre 2011 e 2016). Mas Klinsmann também dirigiu a Alemanha (2004 a 2006) e o Bayern de Munique (2008 a 2009). Seu filho Jonathan acabou de disputar o Mundial sub-20 como goleiro da seleção norte-americana.

Stefan Reuter (50 anos) – Único reserva utilizado na decisão, o ex-lateral direito substituiu Berhold no segundo tempo da decisão contra a Argentina. Reuter já trabalhou nas comissões técnicas de Borussia Dortmund e 1860 Munique. Desde 2013, é diretor de futebol do Augbsurg, 13º colocado na última Bundesliga.

Franz Beckenbauer (71 anos) – Maior nome da história da futebol alemão, conquistou uma Copa do Mundo como jogador (1974) e outra como técnico (1990). Beckenbauer também chefiou o comitê organizador da Copa do Mundo-2006 e fez parte do comitê executivo da Fifa. Seu nome, no entanto, caiu em desgraça nos últimos anos devido a denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e suposta venda de voto para a escolha do Qatar como sede do Mundial-2022.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.