Ídolo na Europa, zagueiro brasileiro admite chance de jogar pela Holanda
Em meio a uma crise que já dura pelo menos dois anos e correndo sério risco de não se classificar para a Copa do Mundo de 2018, depois de já ter ficado fora da última Eurocopa, a seleção holandesa pode ganhar em breve um reforço brasileiro.
Campeão nacional pelo Feyenoord e eleito o segundo melhor jogador da competição, o zagueiro paulistano Eric Botteghin, 29, tem tido sua convocação pedida pela imprensa local e está no radar do técnico Dick Advocaat.
Revelado nas categorias de base do Grêmio Barueri e com passagem pelo time B do Internacional, o defensor vive na Holanda desde 2007 e passou por três clubes menores (Zwolle, NAC Breda e Groningen) até chegar ao time de Roterdã, em 2015.
"Ainda não tirei passaporte holandês porque nunca precisei, mas já tenho condições legais. Tive de responder muitas perguntas sobre uma possível convocação durante a temporada. A imprensa tem comentado bastante sobre essa possibilidade", disse Eric, antes de admitir que solicitará a cidadania caso receba um convite para vestir a tradicional camisa laranja.
"Todo mundo tem o sonho de jogar por uma seleção. Claro que sou brasileiro, mas tenho que lembrar que minha carreira foi toda aqui. Se eles precisarem de mim e me convidarem, é claro que vou aceitar".
Chamado de "De Rots" (A Rocha, em tradução para o português) pela torcida do Feyenoord, Eric começou a ser cogitado na seleção holandesa em um momento em que a tradicional escola de futebol questiona quais são as principais qualidades que deve exigir dos seus defensores.
A principal dúvida é se vale a pena continuar cobrando dos zagueiros mais qualidade na saída de bola do que poder de marcação, como vem acontecendo nos últimos anos.
"A forma de jogar dos zagueiros tem sido muito discutida por aqui. É isso que acabam elogiando em mim. Consegui me adaptar ao jogo holandês, então faço bem a saída de bola. Mas não esqueci que sou zagueiro e que o principal é sempre estar bem na defesa".
Além de jogar pela seleção e quem sabe até disputar uma Copa do Mundo ou uma Euro pela Holanda, Eric tem um outro objetivo em vista. Apesar de ter com o Feyenoord até 2019, ele não esconde que gostaria de atuar em uma liga mais competitiva e com maior competitividade.
"Todo mundo tem desejo de jogar em uma Premier League ou no Campeonato Espanhol. Tenho evitado pensar muito sobre isso porque ainda tenho dois anos de contrato. Mas só Deus sabe o que vai acontecer".
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