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Rafael Reis

7 ex-jogadores famosos que hoje comandam seleções (e talvez você não saiba)

Rafael Reis

20/11/2018 04h00

Didier Deschamps foi o capitão da França na conquista da Copa-1998. Em julho deste ano, agora como técnico, repetiu a dose e se sagrou bicampeão mundial com os Bleus. Antes de dirigir a Espanha, Luis Enrique foi jogador de Barcelona e Real Madrid. Já o Brasil teve a experiência de ser comandado por Dunga, o homem que levantou a taça do tetra.

Transformar ex-jogadores de sucesso em treinadores de seleções é uma tendência no planeta todo. E não apenas em países do primeiro escalão do futebol mundial. Mesmo equipes periféricas costumam investir nessa estratégia.

Por isso, apresentamos abaixo sete ex-atletas conhecidos do grande público do futebol internacional que hoje trabalham como técnicos de seleções de segundo, terceiro (ou até quatro) nível.

CLARENCE SEEDORF
42 anos
Holandês
Camarões

Crédito: Divulgação/Fecafoot

Adversário do Brasil em amistoso nesta terça-feira, o treinador de Camarões não tem repetido fora das quatro linhas o sucesso que teve como meio-campista de times como Ajax, Real Madrid, Inter de Milão e Botafogo. Vencedor de quatro edições da Liga dos Campeões da Europa quando jogador, Seedorf tem acumulado um fiasco atrás do outro desde que pendurou as chuteiras. Como técnico do Milan, só durou seis meses. No Shenzhen, da China, e no La Coruña, não sobreviveu nem a 20 partidas. Nos quatro primeiros jogos pela seleção camaronesa, só conseguiu uma vitória (sobre Maláui).

RYAN GIGGS
44 anos
Galês
País de Gales

Crédito: Divulgação/David Rawcliffe

Recordista de jogos da história do Manchester United (963), Ryan Giggs não conseguiu classificar País de Gales para uma Copa do Mundo durante os 16 anos que defendeu a seleção. Agora, como técnico, tem uma nova oportunidade. O ex-meia dirige a equipe de Gareth Bale desde o começo do ano e tem contrato até o Qatar-2022. Essa é a primeira experiência formal de Giggs como técnico. Em 2014, quando ainda era jogador, ele chegou a comandar o United interinamente durante quatro partidas.

ANDRIY SHEVCHENKO
42 anos
Ucraniano
Ucrânia

Crédito: Gleb Garanich/Reuters

Ídolo nacional, o ex-atacante do Milan e terceiro melhor jogador do mundo em 2004 dirige a Ucrânia há dois anos e já tem um grande efeito alcançado na curta carreira de treinador. Sob o comando do astro, a seleção conseguiu ainda em outubro, com duas rodadas de antecipação, o acesso para a primeira divisão da próxima edição da Liga das Nações. Foi Shevchenko também quem levou o meia Marlos (ex-São Paulo e hoje no Shakhtar Donetsk) para o time ucraniano.

CHRISTIAN PANUCCI
45 anos
Italiano
Albânia

Crédito: Divulgação/FSHF

Fez sucesso como lateral direito do Milan e do Real Madrid na década de 1990 e defendeu a seleção italiana em duas edições da Eurocopa (2004 e 2008) e uma da Copa do Mundo (2002). Começou a carreira fora das quatro linhas como assistente de Fabio Capello na Rússia e trabalhou já como treinador no Livorno e no Ternana. Panucci assumiu o comando da Albânia no ano passado. Hoje, está a um passo do rebaixamento para a última divisão da Liga das Nações.

ROBERT PROSINECKI
49 anos
Croata
Bósnia

Crédito: Getty Images

Integrante da geração croata que foi terceira colocada na Copa do Mundo-1998, está em seu segundo trabalho como técnico de seleção. Entre 2014 e 2017, o ex-meia de Barcelona e Real Madrid dirigiu o Azerbaijão, mas não conquistou nenhum resultado expressivo. Desde janeiro deste ano, comanda a Bósnia, do astro Edin Dzeko, e já conseguiu a promoção para a elite da Liga das Nações.

ABEL XAVIER
45 anos
Português
Moçambique

Crédito: Matthew Lewis/Getty Images

Mais lembrado pelo visual peculiar que costumava exibir quando jogador, o ex-lateral direito da seleção portuguesa e de times como Roma e Liverpool comanda de Moçambique, país onde nasceu, há dois anos. Seu objetivo é classificar a equipe pela segunda vez no século para a Copa Africana de Nações. Se derrotar Guiné-Bissau, na Data Fifa de março, a meta estará atingida.

RAFAEL DUDAMEL
45 anos
Venezuelano
Venezuela

Crédito: Sandor Pereyra/Getty Images

Goleiro que foi ícone do futebol venezuelano nas décadas de 1990 e 2000, Dudamel é responsável direto pelo maior momento da história do seu país na modalidade. Em 2017, quando já dirigia também a seleção principal, ele conduziu a equipe sub-20 ao vice-campeonato mundial da categoria e revelou alguns bons nomes que hoje são convocados por ele para o time adulto, como o goleiro Wuilker Fariñez e o atacante Adalberto Peñaranda.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.