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Aos 40, Guiñazú tem pulmão de garoto e é motor de adversário do São Paulo

Rafael Reis

06/02/2019 04h00

A principal ameaça à classificação do São Paulo para a terceira e última rodada da fase preliminar da Copa Libertadores-2019 é um senhor de 40 anos, mas com fôlego de fazer inveja a garotos recém-saídos das categorias de base.

Ex-Internacional e Vasco, o volante argentino Pablo Guiñazú não é apenas o maior ídolo do Talleres (ARG), adversário desta quarta-feira do time brasileiro em sua estreia no torneio continental.

Crédito: Divulgação

O camisa 5 é também o capitão, o principal jogador e o pulmão da equipe que retorna à Libertadores depois de 17 anos de sua primeira e até agora única participação na competição sul-americana.

Apesar de já ser um veterano quarentão e estar em sua 23ª temporada como profissional, Guiñazú ainda esbanja fôlego. Prova disso é que ele foi escalado como titular em 16 das 17 rodadas desta edição do Campeonato Argentino e só foi substituído duas vezes.

A única partida em que o volante não atuou foi na vitória por 3 a 1 sobre o Banfield, no último sábado. Não que o capitão estivesse implorando por um descanso. Ele só ficou de fora porque o técnico Juan Vojvoda decidiu poupá-lo para o confronto contra o São Paulo.

O jogo do último fim de semana foi também a primeira vez que Guiñazú não participou de um compromisso do Talleres no Argentino por decisão do treinador. Desde sua chegada ao clube, há três anos, ele só havia visto de fora do campo seu time em ação quando estava machucado ou suspenso.

De acordo com a assessoria de imprensa do adversário do São Paulo, o volante percorre em média 11,7 km por partida e passa 29% do tempo em campo se movimentando em alta velocidade (ou seja, dando piques).

Nascido na província de Córdoba, o camisa 5 só teve a oportunidade de jogar em seu time de coração pela primeira vez em 2016. Após quase uma década atuando no futebol brasileiro, o volante decidiu retornar para casa com o objetivo de salvar o clube da segunda divisão.

A tarefa foi cumprida com louvor. Logo na primeira temporada, o Talleres conseguiu o acesso à elite. E o gol que garantiu a promoção foi marcado justamente por Guiñazu.

Duas temporadas depois, o clube chegou a sonhar com o título, mas terminou o campeonato na quinta colocação e selou seu retorno à Libertadores. De quebra, viu seu capitão e principal jogador ser eleito o melhor meio-campista da competição.

Com contrato até junho, ele tem evitado falar sobre aposentadoria e sempre repete que vai jogar "uma partida de cada vez" até não aguentar mais. Caso o Talleres ainda esteja vivo na competição no meio do ano, a tendência é que ele renove até o fim de 2019.

"A coisa mais importante que pode acontecer a um jogador de futebol é disputar uma Libertadores. Esse é o maior e mais lindo prêmio que buscamos e que agora vamos aproveitar", disse o jogador, em mensagem aos torcedores que foi disponibilizada nas redes sociais do clube.

São Paulo e Talleres se enfrentam nesta quarta, em Córdoba, e no próximo dia 13, no Morumbi. O vencedor do mata-mata irá enfrentar Palestino (CHI) ou Independiente Medellín (COL) na última rodada da fase preliminar.

Seis clubes brasileiros já estão garantidos na etapa de grupos do torneio: Athletico-PR, Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo, Internacional e Grêmio. Além do time treinado por André Jardine, o Atlético-MG também está em busca de uma vaga entre os 32 clubes que vão brigar pelo título continental. O time mineiro empatou por 2 a 2 com o Danúbio, no jogo de ida no Uruguai.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis