Quem comprou dólar há três meses e pretende vendê-lo hoje vai ter um lucro na casa dos 5%. Os que transformaram seu dinheiro em ouro vão faturar um pouco mais: 6%. Quem investiu em petróleo pode comemorar ganhos que se aproximam dos 10%.

Seriam investimentos aprovados por qualquer economista ou consultor especializado no mercado financeiro. Mas nenhum deles pode ser comparado ao protagonizado pelo Genoa.

Na abertura da última janela de transferências, em julho, o clube italiano pagou 4,5 milhões de euros (R$ 19,5 milhões) ao KS Cracóvia, da primeira divisão polonesa, pelo jovem atacante Krzysztof Piatek, de 23 anos.

Três meses depois, o centroavante está sendo observado por Juventus, Barcelona, Manchester City, Tottenham e Liverpool. E, de acordo com vários jornais europeus, já vale mais de 35 milhões de euros (R$ 151,6 milhões).

A valorização de incríveis 677 % em apenas 90 dias é resultado direto de gols, gols e mais gols que transformaram Piatek no grande nome deste início de temporada na Itália e ofuscaram até mesmo Cristiano Ronaldo, a tão celebrada novidade da Juventus.

Em apenas sete jogos pelo Genoa, o polonês já meteu 12 bolas nas redes. Na prática, isso significa um gol a cada 50 minutos que permaneceu em campo.

Só no Campeonato Italiano, já foram oito tentos. Desde 1949/50, um estreante na Serie A não marcava tanto em suas seis primeiras apresentações na competição.

Comparado a Robert Lewandowski, maior nome do futebol polonês na atualidade e artilheiro do último Alemão pelo Bayern de Munique, Piatek ainda não passou em branco nesta temporada por seu novo clube.

Foram quatro gols contra o Lecce, dois ante Sassuolo e Frosinone e um nos encontros com Empoli, Bologna, Lazio e Chievo. Graças a sua fúria goleadora, o Genoa ocupa uma honrosa sétima posição na Serie A, apesar de ter um jogo a menos que a maioria dos seus adversários.

Assim como Lewandowski, Piatek também começou de baixo e teve de ir conquistando pouco a pouco seu espaço no cenário internacional.

A nova sensação do futebol europeu se profissionalizou na quarta divisão polonesa e também teve de encarar a segundona de sua terra natal antes de se transferir para o Cracóvia e começar a alavancar a carreira.

Na temporada passada, marcou 21 vezes em 38 partidas, o suficiente para convencer o Genoa a contratá-lo, mas não para levá-lo à Copa do Mundo. A estreia pela seleção só veio em setembro, quando atuou no empate por 1 a 1 contra a Irlanda.

Para a surpresa geral, o novo astro da Polônia não balançou as redes.

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