Amado ou odiado? Com Neymar, PSG tem maior média de público de sua história
Rafael Reis
25/01/2018 04h30
Neymar pode até não estar vivendo a sonhada lua de mel que desejava com a torcida do Paris Saint-Germain. Mas, mesmo aos trancos e barrancos com os fãs, sua presença tem sido suficiente para encher o Parc-des-Princes.
Na primeira temporada do brasileiro com a camisa azul, o PSG tem registrado a maior média de público da sua história no Campeonato Francês. E o mesmo está para acontecer na Liga dos Campeões da Europa.
Nos primeiros 11 jogos como mandante na Ligue 2017/18, o time da capital francesa atraiu para o estádio pouco mais de 513 mil torcedores.
A média, de 46.707 espectadores por partida, é a maior dentre os 20 clubes que disputam a primeira divisão e supera em 3% a marca de 45.317 torcedores por jogo da equipe na temporada passada.
Ela também é maior que o recorde histórico do PSG, 46.160 pessoas a cada apresentação, estabelecido em 2015/16, o último ano da passagem de Ibrahimovic pelo clube.
Na Champions, o PSG segue o mesmo caminho. Após os três jogos da fase de grupos da competição, o time de Neymar tem média de 46.314 torcedores por partida, também maior que a da temporada anterior (45.516).
O público atual ainda está um pouco abaixo do registrado em 2015/16, o maior da história, quando teve média de 46.322 pagantes por partida, mas certamente irá superá-lo depois do confronto com o Real Madrid, pelas oitavas de final.
O maior público do PSG na atual temporada foi registrado na goleada por 4 a 1 sobre o Nantes, em novembro: 47.680 torcedores. Curiosamente, Neymar não marcou e nem passe para gol deu naquela tarde de sábado.
Como a capacidade atual do Parc-des-Princes é de 47.929 pessoas (um pouco menos em jogos de Champions), o clube francês já não tem muita margem para crescimento. A média atual na Ligue 1 equivale a 97,4% da lotação do estádio.
Neymar foi contratado pelo PSG em agosto pela maior quantia já paga por um jogador de futebol: 222 milhões de euros (R$ 879 milhões). Os principais objetivos do clube francês eram fortalecer sua marca e conquistar pela primeira vez o título da Champions.
Apesar do sucesso comercial instantâneo e dos 24 gols nas primeiras 23 partidas pela nova equipe, o brasileiro não caiu completamente nas graças dos franceses.
Na goleada por 8 a 0 sobre o Dijon, na semana passada, o camisa 10 foi vaiado por torcedores do próprio PSG depois de não permitir que Cavani cobrasse um pênalti que poderia transformá-lo no maior goleador da história do clube.
A imprensa e ex-jogadores franceses também não tem economizado nas críticas ao jogador, não tanto por seu desempenho, mas sim pelo comportamento dentro de campo.
Em meio a tudo isso, o nome de Neymar passou a ser ventilado em uma nova transferência bombástica, agora para o Real Madrid, arquirrival do Barcelona, clube que ele defendia até seis meses atrás.
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Sobre o Autor
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.
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Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.