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De Cruyff a Neymar: veja a evolução do recorde de mais caro do mundo

Rafael Reis

06/08/2017 04h00

Em 1º de julho de 1973, Johan Cruyff deixou o Ajax para começar a mudar a história do Barcelona. Se convertida para valores atuais, essa transferência foi a primeira vez na história do futebol a romper a casa do 1 milhão de euros (R$ 3,67 milhões).

Entre os 2 milhões de euros (R$ 7,3 milhões) pagos pelo clube catalão ao astro holandês e os 222 milhões de euros (R$ 815 milhões) gastos pelo Paris Saint-Germain para ter Neymar, 44 anos depois, o recorde de contratação mais cara do mundo foi quebrado 15 vezes.

Três delas, por brasileiros. Antes do novo camisa 10 do PSG, Ronaldo (1997) e Denilson (1998) também tiveram o gosto de ser, pelo menos por alguns meses, o reforço mais caro de todos os tempos.

A lista de recordista é repleta de alguns dos nomes mais importantes da modalidade ao longo das últimas décadas: Cristiano Ronaldo, Zinédine Zidane, Luís Figo, Ronaldo, Johan Cruyff e Diego Maradona.

Maradona, aliás, é um caso à parte. O argentino é o único jogador que protagonizou dois negócios de proporções históricas. Em 1982, foi para o Barcelona pelo equivalente a 8 milhões de euros (R$ 29,4 milhões). Dois anos depois, migrou para o Napoli por um valor ainda maior, 13 milhões de euros (R$ 47,7 milhões).

Mas a lista não é formada apenas por unanimidades. Denilson não conseguiu justificar o rótulo de jogador mais caro do planeta durante as sete temporadas em que vestiu a camisa do Betis.

Já o escocês Andy Gray, que quebrou o recorde de Cruyff ao assinar com o Wolverhampton por 3 milhões de euros (R$ 11 milhões), em 1979, é praticamente um anônimo fora do Reino Unido.

Entre os clubes, nenhum foi responsável por uma quantidade maior de contratações mais caras da história que o Real Madrid.

O time espanhol protagonizou quatro quebras de recorde (Figo, Zidane, Cristiano Ronaldo e Bale) e teve o maior negócio de todos os tempos entre 2000 e 2016.

EVOLUÇÃO DO RECORDE DE JOGADOR MAIS CARO DO MUNDO

1973 – Johan Cruyff (HOL/Barcelona) – 2 milhões de euros*
1979 – Andry Gray (ESC/Wolverhampton) – 3 milhões*
1982 – Diego Maradona (ARG/Barcelona) – 8 milhões*
1984 – Diego Maradona (ARG/Napoli) – 13 milhões*
1992 – Gianluca Vialli (ITA/Juventus) – 16,5 milhões*
1996 – Alan Shearer (ING/Newcastle) – 21 milhões*
1997 – Ronaldo (BRA/Inter de Milão) – 28 milhões*
1998 – Denílson (BRA/Betis) – 31,5 milhões*
1999 – Christian Vieri (ITA/Inter de Milão) – 46,5 milhões*
2000 – Luís Figo (POR/Real Madrid) – 60 milhões
2001 – Zinédine Zidane (FRA/Real Madrid) – 73,5 milhões
2009 – Cristiano Ronaldo (POR/Real Madrid) – 94 milhões
2013 – Gareth Bale (GAL/Real Madrid) – 101 milhões
2016 – Paul Pogba (FRA/Manchester United) – 105 milhões
2017 – Neymar (BRA/Paris Saint-Germain) – 222 milhões

* Como o euro ainda não existia, foi feita uma conversão para os valores atuais das respectivas moedas


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis