Chicharito jogou no Brasil com 16 anos e negociou ida para o Inter
Rafael Reis
29/06/2017 04h00
Maior artilheiro da história do México e uma das esperanças da seleção azteca na semifinal da Copa das Confederações, contra a Alemanha, nesta quinta-feira, Chicharito Hernández por pouco não construiu sua carreira no futebol brasileiro.
Em 2005, quando tinha apenas 16 anos, o hoje atacante do Bayer Leverkusen veio ao país para disputar uma competição de base, a Copa Promissão, no interior de São Paulo, com a equipe sub-17 do Chivas Guadalajara.
Apesar de não ter balançado as redes no campeonato, Chicharito chamou a atenção do Internacional, que procurou o clube mexicano para conversar sobre uma possível transferência.
O negócio só não saiu porque os dirigentes gaúchos se assustaram com o valor pedido pelo Chivas na época, algo em torno de US$ 1 milhão (R$ 3,3 milhões, na cotação atual).
Cinco anos mais tarde, o time de Guadalajara acabou negociando Chicharito com o Manchester United por uma quantia muito maior, 7,5 milhões de euros (R$ 28 milhões). A última transação do atacante mexicano, para o Leverkusen, foi ainda mais elevada: 12 milhões de euros (aproximadamente R$ 40 milhões).
A passagem do centroavante pela Copa Promissão ficou marcada por um curioso incidente na derrota por 1 a 0 para o Corinthians. Na ocasião, quatro jogadores do Chivas foram expulsos. Chicharito, ainda que por engano de um árbitro que errou na hora de identificar o jogador que cometeu a falta digna de cartão vermelho, foi um deles.
Em sua primeira experiência em território brasileiro, o atacante do Leverkusen teve a companhia de Carlos Vela, hoje jogador da Real Sociedad, que atua ao seu lado no setor ofensivo do México.
Chicharito se profissionalizou em 2006 e estreou na seleção principal três anos mais tarde. Ele disputou as duas últimas Copas do Mundo (2010 e 2014) e já fez 94 partidas com a camisa mexicana.
Em maio, o atacante se tornou o artilheiro da história da equipe dirigida por Juan Carlos Osorio. O camisa 14 soma 48 gols pela seleção, dois a mais do que Jared Borgetti, o antigo detentor do recorde.
Na Copa das Confederações, Chicharito marcou apenas uma vez, no empate por 2 a 2 com Portugal, pela primeira rodada da competição.
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Sobre o Autor
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.
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Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.