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Melhor do mundo e presidente? 7 astros do futebol que viraram políticos

Rafael Reis

02/10/2016 06h00

Neste domingo, Marcelinho Carioca, Odvan, Tupãzinho, Waldir Peres e Paulo Rink e tantos outros ex-jogadores brasileiros buscarão uma vaga nas câmaras de vereadores de suas cidades.

Mas eles não são pioneiros em nada. Ao longo da história, muita gente já trocou a carreira dentro dos gramados pela política.

E não pense só em jogadores medianos ou de fama nacional. Mesmo alguns astros internacionais da bola seguiram esse caminho.

Já teve até jogador eleito o melhor do mundo que tentou (e continua tentando) ser presidente do seu país.

Listamos abaixo sete nomes do primeiro escalão do futebol que tomaram o rumo da política depois da aposentadoria.

GEORGE WEAH
Libéria
Ex-Milan, Mônaco e PSG

Único africano eleito melhor jogador do mundo, o vencedor do prêmio da Fifa de 1995 tem o objetivo claro de se tornar presidente da Libéria, país onde nasceu 50 anos atrás. O ex-atacante do Milan ficou na segunda colocação na eleição presidencial de 2005 e foi candidato a vice em 2011. Atualmente, ocupa uma cadeira no Senado. No próximo ano, deve concorrer mais uma vez à presidência.

ROMÁRIO
Brasil
Ex-Vasco, Flamengo, Fluminense e Barcelona

Herói da seleção brasileira na conquista do tetracampeonato mundial, em 1994, o Baixinho entrou na vida pública em 2010, quando foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro. Quatro anos depois, venceu mais uma eleição e migrou para o Senado. As constantes críticas à administração da CBF e os direitos dos deficientes físicos (tem uma filha com síndrome de Down) são suas principais bandeiras políticas. Chegou a ser pré-candidato à Prefeitura do Rio, mas desistiu da disputa.

MARC WILMOTS
Bélgica
Ex-Schalke 04 e Bordeaux

Técnico da Bélgica na Copa do Mundo-2014 e na Euro-2016, o ex-atacante tentou uma carreira política antes de ir para os bancos de reservas. Wilmots, que disputou quatro Copas, marcou cinco gols e foi ídolo da seleção belga na década de 1990, assumiu o posto de senador em 2003, logo após ter pendurado as chuteiras. Muito criticado por ter usado a fama conquistada nos gramados para alavancar sua carreira política, abdicou do cargo dois anos depois e voltou a viver para o futebol.

GRZEGORZ LATO
Polônia
Ex-Stal Mielec, Lokeren e Atlante

Artilheiro da Copa do Mundo de 1974 e maior nome da história do futebol polonês, elegeu-se senador em 2001 e compôs a base governista até 2005, quando seu mandato chegou ao fim. A partir de então, passou a se dedicar à política esportiva. Em 2008, assumiu a presidência da Federação Polonesa de Futebol, cargo que ocupou por quatro anos –curiosamente, foi substituído por outra estrela do esporte nacional, o ex-atacante Zbigniew Boniek.

CUAUTHÉMOC BLANCO
México
Ex-América, Valladolid e Chicago Fire

Um dos grandes nomes da história do futebol mexicano e jogador de três Copas do Mundo, Blanco é desde o início do ano prefeito de Cuernavaca, uma cidade de 350 mil habitantes. Apesar do pouco tempo na política, já se envolveu em vários escândalos. Foi acusado de pagar uma mesada com dinheiro público para oito familiares e de ter recebido o equivalente a R$ 1,1 milhão do Partido Social Democrata para participar da eleição municipal, o que é considerado crime no país.

ROMAN PAVLYUCHENKO
Rússia
Ex-Tottenham e Spartak Moscou

O centroavante de 34 anos nem esperou sua carreira no futebol chegar ao fim para entrar na vida pública. De boas relações com o presidente Vladimir Putin, Pavlyuchenko se tornou uma espécie de vereador de Stravopol, cidade onde cresceu, em 2008, quando defendia o Tottenham e morava em Londres. Apesar da distância entre Inglaterra e Rússia, não renunciou ao cargo. Atualmente, defende o Ural, time pequeno da primeira divisão russa.

LILIAN THURAM
França
Ex-Juventus, Barcelona, Parma e Mônaco

Campeão mundial com a França em 1998 e um dos maiores defensores do futebol mundial nas últimas décadas, Thuram nunca ocupou cargo público, mas vive intensamente a política. O francês é embaixador da Unicef e ativista da luta contra o racismo e da liberdade sexual. Ferrenho opositor do ex-presidente Nicolas Sarkozy, chegou a ser convidado por ele a ser ministro da Diversidade, mas recusou a pasta.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis