Alisson pode mesmo ganhar prêmio de melhor jogador do mundo?
Na semana passada, o jornal italiano "Gazzetta dello Sport" apontou o goleiro Alisson, do Liverpool, como possível finalista da Bola de Ouro e como candidato real aos prêmios de melhor jogador do mundo de 2019.
A possibilidade deixou eufórica a torcida brasileira. Será que, depois de 12 anos da vitória de Kaká, o futebol pentacampeão mundial terá novamente um jogador consagrado como o maior craque do planeta?
As incertezas em torno desta edição da eleição lhe são favoráveis.
Lionel Messi deu show durante toda a temporada, mas naufragou na hora da decisão com o Barcelona. Cristiano Ronaldo foi relativamente discreto com a Juventus, mas ganhou a Liga das Nações com Portugal. Mohamed Salah, finalista no ano passado, venceu a Liga dos Campeões, mas perdeu o protagonismo no Liverpool.
Alisson, por outro, teve um ano que beirou a perfeição. Pelo clube, foi eleito o melhor goleiro do Campeonato Inglês e teve papel essencial na conquista da Champions League. Na seleção, também levantou um troféu, o da Copa América.
Apesar disso, é pouco provável que a Fifa anuncie seu nome como o do vencedor do "The Best", no dia 23 de setembro, ou que a France Football lhe conceda a Bola de Ouro, em novembro/dezembro.
Primeiro, porque é mais fácil Messi anunciar que está de saída do Barcelona do que um goleiro ganhar a Chuteira de Ouro.
Na eleição da Fifa, o mais perto que um arqueiro chegou do prêmio foi o segundo lugar conquistado pelo alemão Oliver Kahn, em 2002. A Bola de Ouro até já foi para um jogador da posição, o soviético Lev Yashin, mas em 1963 e quando era exclusiva para atletas europeus.
Além disso, as premiações individuais que já revelaram seus vencedores não indicam que Alisson está percorrendo o caminho para ser escolhido o melhor do mundo.
Os principais troféus de craque da temporada na Inglaterra (o concedido pela Premier League e o ofertado pela Associação dos Jogadores) foram para outro destaque do Liverpool, o zagueiro holandês Virgil van Dijk.
Já o site "WhoScored?", que usa um algoritmo que transforma estatísticas em notas que avaliam a performance dos atletas, apontou Messi como o melhor da Champions. Alisson não aparece nem no top 50 desse ranking.
A temporada de Alisson realmente foi espetacular, a melhor de sua carreira e a mais imponente de um goleiro em 2018/19. Nenhum brasileiro passou perto do futebol que ele jogou nos últimos 12 meses.
Mas, para ser eleito o melhor do planeta, o patamar é bem mais elevado. E, por mais que tenha brilhado na Premier League e na Champions, ele não foi sequer o jogador mais importante do Liverpool.
Desta vez, os prêmios de maior craque do mundo devem ficar entre Van Dijk e Messi. A minha opinião vocês já conhecem…
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