PSG, Barcelona, Brasil: Qual é a melhor opção para o futuro de Neymar?
Em entrevista à edição desta terça-feira à revista "France Football", o presidente do Paris Saint-Germain, Nasser al-Khelaifi, afirmou que está farto do "comportamento de celebridade" de alguns dos seus jogadores e que as "portas estão abertas" para que eles deixem o clube.
A declaração foi entendida por muita gente como um ultimato a Neymar, que durante as últimas temporadas acumulou confusões fora de campo, sofreu com problemas físicos e não conseguiu sequer fazer o time se aproximar da conquista da Liga dos Campeões.
Mas, se o futuro do principal nome do futebol brasileiro parece cada dia mais distante da capital francesa, qual seria a melhor saída para a sequência de sua carreira?
O problema para o camisa 10 é que suas opções são bastante limitadas. Afinal, poucos são os clubes no planeta capazes de arcar com o valor de sua transferência e com seu salário astronômico (66,7 milhões de euros anuais, ou R$ 292 milhões a cada 12 meses, segundo a revista "Forbes").
E o mercado com mais poderio financeiro para bancar um reforço esse calibre, a Inglaterra, não tem nenhum interesse em contratá-lo –boa parte da torcida inglesa simplesmente não suporta Neymar por considerá-lo um jogador que simula demais.
Juventus e Bayern de Munique, outros dois gigantes com orçamento suficiente para esse negócio, tampouco se mostraram dispostos nos últimos anos a abrigar o atacante.
Assim, as possibilidades "normais" que sobrariam a Neymar seriam se transferir para o Real Madrid ou retornar ao Barcelona.
Como o Real já contratou um jogador de status e características semelhantes ao brasileiro (o belga Eden Hazard), resta ao astro do futebol pentacampeão mundial, se realmente quiser ir embora do PSG, o caminho de volta à Catalunha.
Ainda que jogar novamente no Barcelona e retomar o papel de escudeiro de luxo de Lionel Messi seja um atestado que sua busca pelo protagonismo na França deu muito errado, essa ainda é a melhor opção para o futuro da carreira de Neymar.
No Camp Nou, o brasileiro não precisaria se adaptar a um estilo jogo de que desconhece, reencontraria uma torcida que, pelo menos no passado, já o amou e estaria em um clube mais acostumado a enquadrar seus craques e controlar seus egos.
Distante da obrigação de ser o melhor e de liderar um time tomado por um ambiente intoxicado à conquista da Champions, Neymar talvez consiga reencontrar seu lugar na prateleira de cima do futebol mundial.
Se não for embora do PSG e continuar no círculo vicioso responsável por reduzir assustadoramente sua importância no cenário global, isso dificilmente acontecerá. A tendência é que o craque seja cada dia mais aquele jogador que poderia ter sido muito mais.
Outras possíveis opções para o futuro de Neymar, como aceitar alguma proposta megalomaníaca da China ou voltar durante alguns meses para o futebol brasileiro para defender o Flamengo, seriam ainda piores.
A primeira seria um atestado de que o atacante está mais preocupado em ganhar dinheiro do que em construir uma história vitoriosa no futebol. Já a segunda hipótese o afastaria da elite da modalidade e faria dele uma espécie de rei caolho em terra de cegos.
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