Vitória de Modric pode "acalmar" cobiça de Neymar em virar melhor do mundo
A vitória de Luka Modric sobre Cristiano Ronaldo e Mohamed Salah na eleição do melhor jogador do mundo na temporada 2017/18 foi o melhor que poderia ter acontecido para Neymar.
Não que o brasileiro tenha declarado uma especial torcida pelo camisa 10 croata. Mas o triunfo do meia traz pelo menos dois aspectos positivos que podem ajudar o craque do Paris Saint-Germain a não se desesperar na busca pelo prêmio concedido pela Fifa.
O primeiro é o fim da hegemonia de dez anos de conquistas consecutivas de CR7 e Lionel Messi e, consequentemente, da pressão para que Neymar fosse o responsável por colocar fim a essa bipolarização na eleição de maior craque do planeta.
Além disso, a idade elevada de Modric é uma ótima notícia para o atacante do PSG. Com 33 anos recém-completados, o croata é o segundo jogador mais velho a conquistar o prêmio –o italiano Fabio Cannavaro tinha 33 anos e 4 meses em 2006.
Neymar é quase sete anos mais jovem do que o novo melhor jogador do mundo. Ou seja, descobriu na última segunda-feira que não precisa se desesperar e ainda tem um bom tempo pela frente para poder ser o vencedor do "The Best".
Apesar do aparecimento de uma geração de atletas talentosos mais novos do que ele, como os franceses Paul Pogba (25) e Kylian Mbappé (19), além do espanhol Marco Asensio (22), o brasileiro ainda tem o tempo a seu favor.
Aquela ideia de que é preciso ingressar na lista dos vencedores do prêmio ainda na primeira metade da carreira, como aconteceu com Lionel Messi (22), Cristiano Ronaldo (23), Ronaldinho (24) e Kaká (25),, ficou no passado.
Hoje, com as melhoras na preparação física e na medicina esportiva, é possível chegar ao auge um pouco mais tarde. E, como provou Modric, ganhar seu primeiro prêmio de melhor do mundo já depois dos 30 anos.
Por isso, Neymar pode ganhar mais tempo para amadurecer e chegar, enfim, a ser aquilo que o torcedor brasileiro (e a maior parte do seu estafe) espera dele.
O camisa 10 da seleção de Tite já foi duas vezes finalista do prêmio da Fifa. Em 2015 e 2017, ele terminou na terceira colocação. Neste ano, não entrou nem mesmo entre os dez indicados.
O Brasil vive o maior jejum da sua história na eleição de melhor do mundo. A última vitória do país pentacampeão foi conquistada em 2007, com Kaká. Além dele, Romário (1994), Ronaldo (1996, 1997 e 2002), Rivaldo (1999) e Ronaldinho (2004 e 2005) também foram escolhidos o número um do planeta.
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