Seleção mais cansada só venceu duas das últimas 9 finais de Copa
A França é apontada como favorita contra a Croácia na decisão da Copa do Mundo e um dos motivos é porque vai chegar à partida de domingo em melhores condições físicas. Enquanto a adversária disputou três prorrogações, o time de Mbappé, Griezmann e Pogba resolveu todos seus confrontos de mata-mata no tempo normal.
O raciocínio, feito por muita gente depois da definição das finalistas da Rússia-2018, pode até parecer simplista. Mas a história da competição mais importante de futebol do planeta mostra que ele faz todo sentido.
Em apenas duas das últimas nove edições da Copa, a seleção que chegou à decisão mais cansada conseguiu reverter essa desvantagem e conquistar o título.
Curiosamente, as únicas finais que tiveram esse desfecho também tinham a França em campo. Em 2006, a Itália driblou o cansaço maior para se sagrar tetracampeã mundial ante os Bleus nos pênaltis, após empate por 1 a 1 em 120 minutos de futebol.
Doze anos atrás, os italianos foram à decisão com uma prorrogação nas costas, a da semifinal contra a Alemanha. Por outro lado, os franceses venceram os três jogos da fase final do Mundial sem precisar de tempo extra.
Já em 1998, a França tinha a desvantagem física contra o Brasil. Afinal, já tinha enfrentado duas prorrogações, contra apenas uma do rival. Mesmo assim, aplicou um implacável 3 a 0 na final.
Ou seja, a situação com que a Croácia sonha no domingo já aconteceu. Mas o padrão é justamente o oposto.
Desde a década de 1980, cinco finais de Copa foram vencidas pela seleção que estava mais descansada. Itália (1982), Argentina (1986), Alemanha (1990), Brasil (1994) e Alemanha (2014) ganharam decisões em que haviam disputado um número menor de prorrogações que seus adversários.
Em outros dois Mundiais no período, o de 2002 (Brasil x Alemanha) e o de 2010 (Espanha x Holanda), nenhuma das finalistas precisou encarar tempos extras durante a competição.
Em busca de um título inédito, a Croácia é a primeira seleção da história das Copas a sobreviver a três prorrogações em uma mesma edição do torneio.
O teste de resistência começou nas oitavas de final, quando derrotou nos pênaltis a Dinamarca. Nas quartas, precisou novamente das penalidades para eliminar a anfitriã Rússia. A semifinal contra a Inglaterra foi um pouco mais curta. O gol de Mario Mandzukic decidiu o jogo nos 120 minutos de bola rolando.
Já a França não precisou queimar tanta energia assim. Seu caminho nos mata-matas teve início com uma vitória por 4 a 3 contra a Argentina, passou por um triunfo por 2 a 0 sobre o Uruguai e foi completado com um magro 1 a 0 ante a Bélgica.
Além do desgaste menor durante a competição, os franceses têm outra vantagem física sobre seus adversários na final: um dia extra de descanso, já que jogaram na terça-feira e a Croácia, na quarta.
Mais de Seleções:
– Europa virou a "dona" da Copa do Mundo. E domínio pode estar só começando
– Cheia de zebras, Copa tem quartas de final "mais fracas" em 24 anos
– Com queda alemã, Brasil assume liderança do ranking da Fifa; veja top 10
– Copa do placar magro caminha para recorde de 1 a 0
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.