Quem vai ganhar a Copa? Sinceramente, não tenho a menor ideia
Brasil, Espanha, França e Alemanha. Antes de a Copa começar, eu tinha certeza que a próxima campeã mundial seria uma dessas quatro seleções.
Por motivos que o planeta inteiro assistiu ao longo das duas últimas semanas, a convicção não resistiu às primeiras 48 partidas da Rússia-2018. Encerrada a fase de grupos, a única certeza que tenho é que não vou mais palpitar sobre o time favorito para levantar o troféu mais cobiçado do futebol.
Não que meu desejo seja ficar em cima do muro. Longe disso. É que qualquer prognóstico que eu (ou qualquer outro analista amador ou profissional de futebol) venha a fazer nesta Copa não passa de um mero chute.
O equilíbrio da bola jogada nos gramados russos é tão grande que qualquer uma das 16 seleções classificadas para as oitavas de final pode se sagrar campeã.
Bem, talvez seja exagero incluir Rússia, Dinamarca e Japão neste grupo. Mas as outras 13, não.
Ou você, leitor, tem coragem de cravar que a Croácia, que venceu seus três jogos na fase de grupos e colocou a Argentina na roda, não conquistará o título?
Eu não tenho. Assim como não considero impossível uma conquista da Suécia, que despachou Holanda e Itália nas eliminatórias antes de ficar à frente da Alemanha na fase de grupos, ou mesmo da Suíça. Afinal, a seleção que segurou o Brasil pode fazer o mesmo contra qualquer outro adversário.
Se não é possível fazer um prognóstico exato sobre o que vai acontecer na Copa a partir de agora, pelo menos dá para analisar o que já rolou no Mundial até o momento.
A Croácia foi a seleção mais regular da primeira fase. Jogou demais contra Nigéria e Argentina e só baixou um pouco de nível ante a Islândia porque já estava classificada e mal corria risco de perder a liderança da chave.
A Espanha, por outro lado, é a equipe que melhor jogou em um determinado momento, a que atingiu o nível mais alto de jogo coletivo. Sua atuação no empate por 3 a 3 contra Portugal, logo na estreia, foi primorosa. Só não venceu a partida porque Cristiano Ronaldo teve o melhor desempenho individual de um jogador nesta edição.
Já a França foi o grande desperdício de talento da fase de grupos. Apesar de ter se classificado com relativa tranquilidade, passou seus três primeiros jogos na Rússia jogando com o menor esforço possível e dando impressão de que pode render muito mais.
O Brasil também não atingiu todo o potencial que tem. Mas a vitória sobre a Sérvia de que a trajetória da equipe de Tite no Mundial parece ser bem ascendente.
Quanto à decepção, acho que não há dúvidas. Por mais que a Argentina tenha se esforçado muito para passar vergonha, não há vexame maior do que histórica queda da atual campeã, Alemanha, na fase de grupos. Isso é quase indiscutível.
Bem, essas são as minhas avaliações sobre a primeira fase da Copa do Mundo. Nos próximos dias, continuarei falando do Mundial neste mesmo espaço. Só prometo que não farei nenhuma previsão sobre qual será a seleção campeã. Porque, para essa pergunta, ninguém tem a resposta.
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