Artilheiro brasileiro no exterior, Bobô revela tentação de voltar ao Brasil
Aos 33 anos, Bobô tem motivos de sobra para acreditar que vive um dos melhores momentos de sua carreira.
O ex-centroavante de Corinthians, Cruzeiro, Grêmio e Besiktas (TUR) viveu uma temporada dos sonhos com a camisa do Sydney FC: escreveu seu nome na história do futebol australiano e, de quebra, virou o maior artilheiro brasileiro no exterior.
Ao longo de 2017/18, o atacante disputou 38 partidas e marcou 36 gols. Nenhum outro representante do futebol pentacampeão mundial que atua em um campeonato de primeiro divisão em todo o planeta balançou mais as redes no período que ele.
O único que fez tantos gols quanto Bobô foi Jonas, artilheiro do Campeonato Português. Só que o camisa 10 do Benfica precisou de 39 jogos (um a mais que o centroavante do Sydney) para alcançar os mesmos 36 tentos.
"Fico muito feliz com essa marca. Imagina quantos atacantes brasileiros existem jogando fora do país… Ficar em primeiro lugar é uma honra para mim", afirmou.
Em sua segunda temporada na Austrália, o jogador fez história: anotou 27 gols na "temporada regular" da liga, marca que jamais havia sido alcançada por outro atleta na terra dos cangurus.
Bobô também levou o Sydney até a semifinal do torneio, mas acabou derrotado na prorrogação pelo Melbourne Victory.
"A liga não tem uma história muito grande com jogadores brasileiros. Eles gostam muito de espanhóis e de atletas de outros países da Europa. Mas tudo se encaminhou bem. Depois do recorde, o reconhecimento ficou muito grande."
O centroavante desembarcou na Oceania em agosto de 2016, depois de uma passagem que terminou pelo Grêmio que terminou no banco de reservas. Em maio do ano passado, ele renovou com o Sydney até junho de 2018. O acordo, no entanto, prevê prorrogação automática por mais uma temporada.
"Tenho mais um ano de contrato por aqui. Mas voltar ao Brasil é uma opção boa. É meu país e um lugar onde há um grande carinho por mim. Retornar é sempre uma tentação", admite.
Aberto a propostas para fazer a parte final de sua carreira na terra onde nasce, Bobô só não sabe por quanto tempo mais continuará sendo jogador profissional. Mas não acha que a aposentadoria está tão próxima assim.
"Estou com 33 anos, mas me sinto fisicamente muito bem. Na minha idade, você precisa pensar ano a ano e só continuar se achar que continua bem."
Esse é o Bobô, a cria das categorias de base do Corinthians que atravessou o planeta para se transformar no artilheiro brasileiro no exterior.
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