Qual é o futuro de Douglas e Ganso após "geladeira" na Europa?
Douglas disputou apenas oito partidas pelo Benfica nesta temporada. Ganso não entra em campo vestindo a camisa do Sevilla desde o dia 20 de dezembro.
Ex-companheiros de São Paulo, o lateral-direito e o meio-campista já tiveram momentos de glória na carreira, como transferências internacionais e passagens por seleções. Hoje, no entanto, vivem uma situação das mais delicadas: estão esquecidos dentro dos elencos dos quais fazem parte.
Mas será que essa é uma situação reversível? Ainda há espaço para Douglas e Ganso nos clubes que eles defendem? E será que voltaremos a vê-los jogando futebol na atual temporada?
A questão envolvendo o lateral é menos delicada. Sem espaço no Barcelona, clube detentor dos seus direitos econômicos, Douglas foi cedido por um ano ao Benfica para ganhar experiência internacional e ter ritmo de jogo.
Só que isso simplesmente não aconteceu. O brasileiro chegou a Portugal com problemas físicos e demorou para entrar no time. Quando se recuperou, teve três oportunidades como titular na Liga dos Campeões e decepcionou.
Criticado pela imprensa portuguesa, que chegou a chama-lo de "assalto à mão armada", perdeu espaço no elenco. E passou a ficar fora até do banco de reservas.
A situação atual de Douglas é a seguinte: reserva de André Almeida, ele é requisitado quando o titular não tem condição de jogo. Foi o que aconteceu contra o Desportivo Chaves, em janeiro, e minutos finais ante o Marítimo, no começo do mês, únicas aparições do lateral em 2018.
No final da temporada, quando seu empréstimo chegar ao fim, o lateral voltará para o Barcelona. Mas seu futuro não está no clube catalão. O mais provável é que ele seja cedido para outra equipe europeia ou mesmo que retorne ao Brasil.
Já a situação de Ganso é um pouco mais nebulosa. Contratado pelo Sevilla em 2016, o meia não conseguiu se adaptar ao futebol espanhol. A torcida até gosta dele, pois o considera um jogador com qualidade técnica acima da média. Mas os treinadores sofrem com sua pouca mobilidade e dificuldade para se encaixar nas estruturas táticas.
Resultado: desde que chegou à Europa, o ex-Santos e São Paulo convive com longos períodos no banco de reservas ou até mesmo afastado da lista de jogadores relacionados para um jogo.
Esse cenário se agravou depois que o Sevilla contratou o técnico Vincenzo Montella, na virada do ano. Nos três meses da gestão do italiano, o brasileiro jamais foi chamado para uma partida –nem mesmo na Copa do Rei, onde os grandes clubes espanhóis costumam escalar reservas.
Apesar de totalmente ignorado por Montella, Ganso não foi negociado na última janela de transferências. O estafe do jogador também não conseguiu uma rescisão amigável do contrato, que vai até 2021.
Se o treinador continuar na próxima temporada (e tudo indica que vai), o brasileiro tem para ser liberado no mercado do verão europeu (junho, julho e agosto). A maior chance de o meia permanecer no Sevilla é uma nova mudança no comando do time, e a chegada de um técnico que queira conhecer melhor seu futebol antes de tomar uma decisão sobre o futuro.
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