Por que astro de rival do Brasil na Copa é tão questionado no Real?
Entra ano, sai ano, e o Real Madrid continua sua incansável busca por um novo goleiro. Só nas últimas temporadas, o clube perseguiu David de Gea (Manchester United), sonhou com Thibaut Courtois (Chelsea) e agora está em negociações avançadas com Kepa Arrizabalaga (Athletic Bilbao).
É assim desde que Keylor Navas desbancou o ídolo Iker Casillas e assumiu a titularidade do gigante espanhol, três anos atrás.
Mas afinal, por que o astro da seleção da Costa Rica, adversária do Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo, goza de tão pouco prestígio com a torcida e a diretoria merengue?
Os números do arqueiro de 31 anos pelo Real não são nada ruins. Em 117 partidas com a famosa camisa branca, ele sofreu 108 gols.
A média de 0,92 gol sofrido por jogo não é muito diferente da Ter Stegen (0,87, do arquirrival Barcelona, que disputa os mesmos torneios que ele) e até é melhor que as dos desejados De Gea (0,99, no Manchester United) e Courtois (0,95, no Chelsea).
É difícil também se lembrar de algum momento em que Navas tenha realmente deixado o Real na mão. O costarriquenho até falha, como todos os goleiros, mas seus erros raramente custam caro ao time espanhol.
Desde que o ex-jogador do Levante assumiu a meta madridista, o clube conquistou dois títulos consecutivos da Liga dos Campeões da Europa, encerrou um jejum de cinco anos sem faturar o Espanhol e tirou do Barcelona o posto de "time a ser batido" no planeta.
A principal razão pela qual a diretoria do Real insiste há tanto tempo na necessidade de contratar um goleiro é mais extracampo do que relacionada ao desempenho do seu arqueiro titular.
Basicamente, o que os cartolas querem é "jogar para a torcida" e alimentar a máquina de marketing do clube com um nome consagrado (como seriam De Gea e Courtois), que venderia camisas e encheria a torcida de orgulho, ou com um jogador espanhol para agradar os apoiadores mais nacionalistas (Kepa).
Navas não é nem um, nem outro. O goleiro vem de um país de pouca tradição no futebol, a Costa Rica, e fez sua carreira atuando em times pouco relevantes no cenário internacional (Deportivo Saprissa, em sua terra natal, além de Levante e Albacete, na Espanha).
Vale lembrar que o hoje camisa 1 do Real não foi contratado para ser titular do Real, mas sim para fazer sombra ao veterano Casillas até a chegada de um novo dono para a posição. Foi na marra que ele conquistou seu espaço e vem se mantendo desde então.
Até quando? Só o tempo dirá.
Brasil e Costa Rica se enfrentam no dia 22 de junho, em São Petesburgo, pela segunda rodada da Copa-2018. Sérvia e Suíça são as outras seleções da chave.
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