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Rafael Reis

Demolidor de brasileiros, ameaça ao Santos acumula gols, brigas e confusões

Rafael Reis

13/09/2017 04h00

Forte, aguerrido, goleador nato e chegado em uma confusão. Eis a maior ameaça ao Santos no confronto com o Barcelona de Guayaquil, nesta quarta-feira (13), pelo duelo de ida das quartas de final da Libertadores.

Artilheiro do clube equatoriano na temporada, com 17 gols, o centroavante uruguaio Jonatan Álvez, de 30 anos, vive a melhor fase de sua carreira. E já marcou contra dois brasileiros nesta edição do torneio.

Foi do camisa 9 o gol da vitória por 1 a 0 do Barcelona sobre o Palmeiras, no Equador, no jogo de ida das oitavas. Na fase de grupos, o atacante foi às redes no triunfo por 2 a 0 sobre o Botafogo.

Revelado pelo River Plate uruguaio, Álvez rodou por vários clubes pequenos do seu país até ter uma chance no Danubio, na temporada 2013/14. Depois, teve curtas passagens por Vitória de Guimarães (Portugal) e LDU (Equador).

O uruguaio foi contratado pelo Barcelona no ano passado e desandou a fazer gols. Foram 20 no Equatoriano-2016 e mais 13 só no primeiro turno do campeonato nacional nesta temporada. Na Libertadores, já deixou sua marca três vezes.

Mas a história de Álvez não se resume a gols. Sua personalidade forte, contestadora e, por vezes, até indisciplinada chamam a atenção desde os tempos em que ele despontou em sua terra natal. Não à toa, seu apelido é "Loco" (de tradução óbvia para o português).

Em 2014, quando morava em Portugal, o centroavante foi flagrado dirigindo sob efeito de álcool e por pouco não foi parar na cadeia.

O atacante também já foi expulso depois de apenas 21 minutos em campo em um clássico contra o Emelec, em abril.

Seu episódio mais recente de indisciplina chegou a ameaçar sua participação nas quartas de final da Libertadores e até mesmo a permanência no Barcelona.

No mês passado, o centroavante não gostou de ser substituído no final de uma partida contra o Clan Juvenil, válida pelo Campeonato Equatoriano, e ofendeu o técnico Guillermo Almada. Mais tarde, quis agredir o treinador e só não foi para cima dele porque seus companheiros de time o impediram de deixar o banco de reservas.

Após a partida, o comandante do Barcelona admitiu que situações como aquela eram corriqueiras com Álvez e que o jogador já havia sido punido internamente algumas vezes.

Depois da confusão, o uruguaio chegou a ser afastado do elenco, treinou separado dos seus parceiros de clube e não participou de duas partidas. Mas foi perdoado por Almada e hoje é peça-chave na equipe que deseja deixar mais um brasileiro pelo caminho na Libertadores.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.