ObaOba Martins e outros: eles eram craques nos games, mas na vida real...
Há jogadores que ficam conhecidos por serem craques incontestáveis. Messi, Cristiano Ronaldo, Romário, Ronaldinho e Zidane são alguns exemplos de sinônimo de bom futebol para qualquer admirador do esporte.
Outros entram para a história justamente pela dificuldade com que tratam a bola. É o caso de Giroud, centroavante do Arsenal. Um fazedor de gols, é verdade, mas não um atacante de raro primor técnico.
E existem ainda os que se tornam por famosos por fatores alheios aos gramados. A beleza de Beckham, a altura descomunal de Koller (ex-Borussia Dortmund), a pança muito bem desenvolvida de Walter.
Dentro desse grupo, há também os craques dos games. Sabe que aqueles jogadores que não são tão bons assim no mundo real, mas que têm ótimos atributos nos jogos virtuais de futebol e todo mundo quer contratar para seus times de PES ou Fifa?
Listamos hoje dez desses fenômenos virtuais, jogadores que acabaram se tornando conhecidos pelo grande público porque eram craques em algum game de futebol ao longo dos últimos 15 anos.
Anatoli Todorov (CM 2003/04)
Abrir um novo jogo e ir ao Litex Lovech, da Bulgária, fazer uma proposta pelo centroavante era uma quase uma regra do Championship Manager. Todorov era baratinho e uma máquina de fazer gols. Por isso, rapidamente virou sensação do CM 2003/04. Na vida real, sua carreira foi bem diferente. Ele nunca chegou a um dos grandes clubes do país, virou meio-campista e hoje, aos 30 anos, joga na terceira divisão do futebol búlgaro.
Breel Embolo (Fifa 2016)
Aos 19 anos, o centroavante suíço de origem camaronesa já é titular do Basel, fez gol na Champions League e na Europa League e defendeu a seleção principal. Mas ele é conhecido mesmo não pelo futebol desenvolvido dentro de campo, mas por ser uma das opções de ataque com melhor custo-benefício da versão mais recente do Fifa.
Christian Atsu (Fifa 2014)
A velocidade do jovem atacante do Chelsea era o que os jogadores de Fifa tanto buscavam quando tentavam levá-lo para seus times. Dois anos depois de virar uma das sensações do game, o ganense ainda não conseguiu vingar. Ele continua sob contrato com o clube inglês, mas está emprestado desde janeiro para o Málaga e é reserva na Espanha.
Fábio Paim (CM 2003/04)
Era o grande investimento para o futuro na versão mais famosa do Championship Manager, já que tinha apenas 15 anos e demorava algumas temporadas para evoluir e se tornar um atleta para o time adulto. Atualmente, Paim está no futebol de Luxemburgo. Mas isso não quer dizer que os observadores responsáveis pelo CM erraram na hora de montar os atributos do português. Paim era realmente a sensação da base do Sporting. Só que se perdeu no meio do caminho por curtir mais a vida de rico do que as obrigações de um jogador de futebol.
Gabriel Agbonlahor (PES 2011)
Houve um tempo em que o atacante do Aston Villa parecia que se tornaria mesmo um jogador importante do futebol inglês, tanto que chegou a defender até a seleção principal. Mas os responsáveis pelo Pro Evolution exageraram na dose. Ele até não começava o jogo tão craque assim, mas tinha um grande potencial de evolução, o que fazia dele um ótimo nome para se contratar na Master League.
Maxym Tsigalko (CM 2001/02)
A melhor contratação do CM 2001/02 teve uma carreira curta como jogador profissional e só jogou em centros periféricos do futebol (Belarus, Armênia e Cazaquistão). Anos depois da febre provocada pelo game, olheiros do jogo admitiram que erraram feio na distribuição dos atributos de Tsigalko. Viram apenas uma partida do garoto e acharam que ele jogava muito mais do que sua realidade.
Obafemi Martins (PES 2006)
Esse é dos tempos que os jogadores de Pro Evolution costumavam escalar Roberto Carlos no ataque. Para quem achava essa mudança tática apelação demais, havia uma opção. O nigeriano Obafemi Martins, o famoso ObaOba, deixava o lateral brasileiro para trás na velocidade e era o nome ideal para quem queria jogar no contra-ataque. O atacante até teve bons momentos na Inter, mas nunca fui tão bom quanto no video-game. Hoje, sem a velocidade de antes, foi se aventurar no futebol da China.
Pablo Armero (PES 2013)
Os brasileiros já o conheciam há muito tempo graças ao Palmeiras e à dancinha "Armeration". Mas, o colombiano ficou famoso mundialmente quando atuava na Udinese, ao ser o melhor lateral esquerdo do Pro Evolution Soccer 2013. No jogo, Armero era um monstro nos atributos de velocidade e aceleração, um jogador ideal para carregar a bola e sair driblando adversários. Os torcedores do Flamengo, último clube dele no Brasil, só lamentam não terem contratado o lateral do jogo, mas sim o da vida real.
Ronny (Fifa 2016)
É uma das estrelas da versão mais recente do Fifa Soccer por um detalhe importante para os jogadores: o brasileiro é dono do chute mais potente do game. As patadas também existem na vida real, mas não fazem do ex-corintiano um atleta disputado pelos grandes clubes do mundo. Pelo contrário, Ronny está seis anos no Hertha Berlin e hoje apenas completa elenco. Na temporada atual, disputou apenas um jogo do Campeonato Alemão.
Youri Tielemans (Fifa 2015)
O meia de 18 anos do Anderlecht pode até vir a se tornar um craque. Mas, por enquanto, é apenas o jogador que perdeu um jogo da Liga dos Campeões para fazer prova na escola e um dos fenômenos do Fifa. A juventude e o potencial de evolução presente em seus atributos fizeram do belga uma das compras certeiras na penúltima versão do game e difundiram a ideia de que ele se tornar um astro do futebol mundial.
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