Com nome de presidente, rival do Brasil vai realizar sonho da mãe na Rússia
Rafael Reis
31/01/2018 04h30
O volante costarriquenho Yeltsin Tejeda, 25, deve realizar no próximo mês de junho o sonho de sua mãe.
Disputar uma Copa do Mundo? Não, esse objetivo o jogador do Lausanne (SUI) já alcançou quatro anos atrás, quando fez parte da seleção que surpreendeu ao chegar até as quartas de final da competição no Brasil.
A meta que o meia tem tudo para atingir daqui quatro meses e meio é bem mais específica: disputar um Mundial na terra do homem que o batizou.
O nome de Tejeda, Yeltsin, é uma homenagem a Boris Yeltsin, primeiro presidente da Rússia depois da dissolução da União Soviética, que governou o país entre 1990 e 1999 e morreu em 2007.
"Minha mãe era loucamente apaixonada pelo presidente de vocês e por esse nome. Na Costa Rica, esse nome é muito incomum e acabou conquistando minha mãe. Ela é uma pessoa muito interessada em política. Então, em 1992, quando nasci, decidiu me chamar de Yeltsin", afirmou o jogador, à imprensa russa, em 2016.
Foi naquele ano que Tejeda realizou parte do sonho de sua mãe: pisar pela primeira vez no país que inspirou seu nome. Em outubro, ele participou do amistoso entre Rússia e Costa Rica, em Krasnodar. Apesar da derrota por 4 a 3, saiu de campo feliz.
A segunda parte desse objetivo, disputar uma competição importante em território russo, também está prestes a ser cumprida.
O volante é figurinha carimbada nas convocações do técnico Óscar Ramírez e só corre risco de ficar fora do Mundial em caso de algum problema físico ou grave falta disciplinar.
Tejeda estreou na seleção costarriquenha em 2011, quando tinha apenas 19 anos, e nunca mais deixou de ser chamado. Titular na Copa-2014, ele tem frequentado o banco nas últimas apresentações da equipe.
A Costa Rica é uma das adversárias do Brasil na primeira fase do Mundial da Rússia. As duas equipes se enfrentam no dia 22 de junho, em São Petersburgo, pela segunda rodada do Grupo E. Sérvia e Suíça são as outras seleções da chave.
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Sobre o Autor
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.
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Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.