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Maestro do Real, Kroos já foi acusado de só jogar por ser filho do técnico

Rafael Reis

14/12/2017 04h30

Quem vê Toni Kroos desfilando técnica, categoria e visão de jogo no meio-campo do Real Madrid não consegue imaginar que muita gente já desconfiou da sua capacidade de se tornar um jogador profissional de futebol.

E essa desconfiança sobre o talento do camisa 8 do adversário do Grêmio na decisão do Mundial de Clubes, neste sábado, em Abu Dhabi, não vinha de longe, mas sim dos seus próprios companheiros de time e dos torcedores que acompanhavam suas partidas.

Filho de uma ex-atleta de badminton e de um ex-jogador de futebol, Kroos foi levado para as categorias de base do Hansa Rostock quando o pai foi contratado para dirigir o time sub-12 do clube.

Foi aí que o garoto de 12 anos teve o primeiro grande desafio de sua carreira: convencer a torcida e também os meninos que jogavam ao seu lado que ele não tinha lugar na equipe apenas por ser filho do treinador.

A missão não foi nada fácil. O pai do hoje astro do Real e da seleção alemã já afirmou em inúmeras entrevistas que os olhares na base do Rostock eram implacáveis com Kroos e que ele sofria bastante preconceito por lá.

Só que o talento do garoto era mais forte e se sobressaiu à desconfiança que o rondava. Em 2006, ele já havia ficado grande demais para o clube que defendia e aceitou um convite para fazer a reta final da sua formação no Bayern de Munique.

No ano seguinte, Kroos foi eleito o melhor jogador do Mundial sub-17 e disputou sua primeira partida como profissional. A primeira convocação para a seleção principal da Alemanha chegou em 2010, assim como a afirmação no Bayern –após uma temporada de empréstimo ao Bayer Leverkusen.

A transferência para o Real chegou em 2014, logo depois de ser um dos protagonistas da conquista alemã da Copa do Mundo. O meia custou 25 milhões de euros (R$ 97,3 milhões). O investimento foi pago com as duas Ligas dos Campeões (2016 e 2017), dois Mundiais (2014 e 2016) e um Campeonato Espanhol (2017) que o clube faturou desde então.

De acordo com o "Who Scored?", site especializado nas estatísticas do futebol, o meia é hoje o jogador do elenco clube espanhol que mais trabalha a bola: média de 78,4 passes por jogo nesta temporada.

Ele também o rei dos lançamentos (5,7 bolas longas por partida) e o terceiro atleta do Real que mais dá passes para finalizações dos companheiros: 1,9 a cada 90 minutos, menos apenas que Gareth Bale (2,4) e Marcelo (2).

E pensar que, para seus companheiros de base e torcedores do Hansa Rostock, Toni Kroos era apenas o filho do técnico…


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis