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Rival do Brasil na Copa tem "geração de ouro" que ainda não desabrochou

Rafael Reis

13/12/2017 04h30

Última adversária do Brasil na fase de grupos da Copa-2018, a Sérvia tem à disposição uma "geração de ouro" que promete recolocar o país entre as principais potências do futebol mundial.

Mas, para a sorte da seleção comandada por Tite, essa safra de grandes jogadores sérvios ainda não conseguiu desabrochar e dificilmente deixará de ser apenas uma promessa para o futuro até junho do próximo ano.

O país do Leste Europeu foi campeão mundial sub-20 dois anos atrás e apresentou ao planeta vários garotos de talento acima da média, como Sergej Milinkovic-Savic, Marko Grujic, Nemanja Maksimovic, Andrija Zivkovic e o goleiro Predrag Rajkovic.

Só que a maior parte deles ainda não se firmou no cenário internacional. Resultado: acumulam poucos minutos de jogo (e de ganho de experiência) na atual temporada ou atuam em equipes de menor expressão, longe do primeiro escalão.

O volante Maksimovic, de 22 anos, autor de um dos gols da vitória por 2 a 1 sobre o Brasil (de Gabriel Jesus) na decisão do Mundial é um exemplo da primeira situação. Ele defende o Valencia, vice-líder do Espanhol, mas não completou ainda nem 45 minutos em campo na atual edição do campeonato.

A situação de Grujic, meia de 21 anos que defende o Liverpool não é muito diferente. Sua temporada se resume a 90 minutos da Copa da Liga, 13 minutos de Campeonato Inglês, 6 minutos de Liga dos Campeões e algumas partidas pelo time B dos Reds.

Já Rajkovic, 22, o goleiro menos vazado do Mundial sub-20 de 2015 é titular de sua equipe, mas só porque atua longe das principais ligas da Europa. O sérvio é o dono da meta do Maccabi Tel Aviv, atual vice-campeão de Israel.

O zagueiro Srdjan Babic, 21, também vive algo semelhante. O beque é uma aposta da Real Sociedad para o futuro, mas precisou ser emprestado ao Estrela Vermelha, da Sérvia, para ganhar ritmo de jogo na atual temporada.

Dos 21 jogadores sérvios que foram campeões mundiais de juniores há dois anos, apenas um pode se considerar titular da seleção principal hoje: o meia Milinkovic-Savic, 22, estrela da Lazio (ITA) e quem vem sendo alvo de rumores sobre uma transferência milionária para o Manchester United na janela de janeiro.

Todos os outros ainda sonham repetir os passos de Mijatovic, Suker, Boban e Prosinecki, campeões sub-20 em 1987 e estrelas de uma brilhante geração que colocou o futebol da antiga Iugoslávia (separada posteriormente em Sérvia, Croácia e afins) no mapa da bola nos anos 1990.

Brasileiros e sérvios se enfrentam no dia 27 de junho, em Moscou, em confronto válido pela última rodada do Grupo E da Copa-2018. Suíça e Costa Rica são as seleções que completam a chave.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis