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Perto da vaga, goleiro egípcio quer ser o mais velho da história das Copas

Rafael Reis

08/10/2017 04h00

Maior campeão africano de todos os tempos, o Egito joga neste domingo (8) contra o Congo para retornar à Copa do Mundo depois de 28 anos e permitir que um dos seus principais ídolos faça história.

Caso os Faraós conquistem uma vaga no Mundial da Rússia, o goleiro Essam El-Hadary, capitão e estrela da equipe, terá a oportunidade de se transformar no jogador mais velho a disputar a competição.

O veterano camisa 1 egípcio já tem 44 anos e completará em janeiro seu 45º aniversário. O colombiano Faryd Mondragón, até hoje o atleta mais experiente em uma Copa, tinha dois anos a menos quando disputou o torneio em 2014.

"Consegui quase tudo em minha carreira. Conquistei 37 troféus e vivi momentos inesquecíveis, como a vitória sobre a Itália na Copa das Confederações de 2009. A única coisa que me falta é participar de uma Copa do Mundo", afirmou o goleiro, em entrevista ao site da Fifa.

El-Hadary estreou como profissional em 1993, quando uma parte considerável dos jogadores que irão à Rússia-2018 nem havia nascido. Três anos depois, ele disputou a primeira de suas 155 partidas pelo Egito.

O goleiro fez parte de quatro das sete conquistas de sua seleção na Copa Africana de Nações (1998, 2006, 2008 e 2010) e foi essencial para sua equipe chegar à decisão do torneio continental deste ano –acabou derrotada por Camarões.

Atualmente no Al-Taawoun, o décimo clube que defende como profissional, El-Hadary não esconde de ninguém a meta de superar o recorde de Mondragón e colocar seu nome no livro de recordes da Copa do Mundo. Mas, faz questão de frisar que a classificação egípica é mais importante do que qualquer marca que ele possa alcançar.

"O primeiro objetivo é ajudar o Egito a alcançar a Copa, a meta pessoal vem depois. Glórias individuais acontecem naturalmente depois que o objetivo maior é alcançado", falou.

Fora dos Mundiais desde 1990, quando caiu na primeira fase, a seleção egípcia lidera o Grupo E das eliminatórias africanas, com nove pontos. Para conseguir a vaga com uma rodada de antecipação e colocar El-Hadary no caminho do recorde, basta que derrote o Congo.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis