Você já ouviu falar no Dínamo Tbilisi? E no Mechelen? Pois saiba que esses clubes possuem em seus currículos títulos torneios organizados pela Uefa.

Mas eles não são os únicos. A história das competições europeias está repleta de campeões que apareceram, ganharam o continente, caíram no ostracismo e hoje estão longe do primeiro escalão do futebol mundial.

Até mesmo a Liga dos Campeões, o principal campeonato organizado pela Uefa e o mais valioso interclubes do planeta, já teve seus vencedores alternativos.

Conheça então agora sete campeões de torneios europeus que "desapareceram" depois de suas históricas conquistas.

ESTRELA VERMELHA (SER)
Copa Europeia (atual Liga dos Campeões) 1990/91

Vinte e cinco anos atrás, o equilíbrio do futebol mundial era bem maior que o atual. Isso explica como o Estrela Vermelha conseguiu conquistar o título mais importante da Europa, ao derrotar nos pênaltis o Olympique de Marselha. Isso e também outros dois fatores: o fato de a Iugoslávia ainda não ter sido dissolvida e de o clube ter reunido uma geração talentosíssima, com Prosinecki, Savicevic e Mihajlovic. Hoje, o Estrela Vermelha segue forte na Sérvia (é o atual campeão nacional), mas virou um nanico na Europa e não foi além da terceira rodada da fase preliminar da Champions nesta temporada. A equipe atual conta com o argentino Pablo Mouche, emprestado pelo Palmeiras.

STEAUA BUCARESTE (ROM)
Copa Europeia (atual Liga dos Campeões) 1985/86

Outro time que mostra como a divisão de forças do futebol se transformou nas últimas década. Em 1986, o romeno Steaua se tornou o primeiro clube de um país do bloco socialista a vencer o torneio número um da Europa. E o fez contra aquele que é hoje um dos principais times de futebol do mundo, o Barcelona. O título foi conquistado na Espanha, nos pênaltis, com uma atuação histórica do goleiro Duckadam. O clube ainda foi vice da Copa Europeia em 1989. Hoje, o Steaua ainda é uma potência local. Mas, em sua última participação na Champions, em 2013/14, despediu-se sem uma única vitória: foram três empates e três derrotas.

NOTTINGHAM FOREST (ING)
Copa Europeia (atual Liga dos Campeões) 1978/79 e 1979/80

O Nottingham Forest está na segunda divisão inglesa e não disputa a Premier League desde 1999, mas ostenta um feito do qual só ele, Real Madrid, Benfica, Inter de Milão, Ajax, Liverpool e Milan podem se orgulhar. Os ingleses são um dos sete clubes da Europa que conquistaram dois títulos consecutivos da principal competição do continente. O bicampeonato do Nottingham aconteceu no período em que foi dirigido pelo lendário técnico Brian Clough e foi conquistado com vitórias sobre o sueco Malmö (1979) e o alemão Hamburgo (1980) nas decisões.

IFK GOTEMBURGO (SUE)
Copa da Uefa (atual Liga Europa) 1981/82 e 1986/87

Os nove anos sem conquistar o título nacional escondem um pouco os feitos do clube sueco de maior sucesso internacional de todos os tempos. O IFK, sigla para o impronunciável Idrottsföreningen Kamraterna (algo como Sociedade Esportiva dos Camaradas), foi duas vezes semifinalistas da Copa Europeia, chegou às quartas de final da Recopa e faturou duas vezes o título da Copa da Uefa. Em 1982, meteu 4 a 0 no placar agregado da decisão contra o Hamburgo. Cinco anos depois, a vítima na final foi mais modesta, o Dundee United, da Escócia.

ABERDEEN (ESC)
Recopa Europeia 1982/83

Você certamente já ouviu falar de um senhor chamado Alex Ferguson. Pois saiba que antes de iniciar sua vitoriosa passagem de 27 anos pelo Manchester United, o treinador escocês levou o modesto clube do seu país a três títulos nacionais e à inédita conquista da Recopa, um torneio já extinto que reunia os vencedores das Copas de cada país da Europa. Em 1983, o Aberdeen chegou ao ponto mais alto de sua história em uma campanha em saiu das fases preliminares e teve de vencer mata-matas contra Bayern de Munique e Real Madrid (final).

DÍNAMO TBILISI (GEO)
Recopa Europeia 1980/81

O maior campeão da história do futebol georgiano, com 16 títulos, inclusive o da temporada passada, conseguiu sua maior façanha quando seu país ainda era parte da União Soviética. Em 1981, comandada dentro de campo por Ramaz Shengelia, eleito o melhor jogador da URSS daquele ano, o Tbilisi fez uma campanha histórica na Recopa Europeia e deixou pelo caminho West Ham e Feyenoord.

MECHELEN (BEL)
Recopa Europeia 1987/88

Muito antes do surgimento da aclamada geração belga e do boom de interesse pela seleção vermelha, o modesto KV Mechelen impediu o bicampeonato do Ajax e faturou a Recopa Europeia de 1987/88. O título foi surpreendente porque o clube estava longe até mesmo de ser uma potência nacional. Tradicional time pingue-pongue da Bélgica, o Mechelen já venceu seis vezes a segunda divisão e chegou a passar até pelo terceiro nível nacional.

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