Crise após o 7 a 1? Brasil pode fechar ano na liderança do ranking da Fifa
Rafael Reis
09/11/2016 06h00
Dois anos e quatro meses depois de ser humilhada em casa pela Alemanha e ver o sonho do hexacampeonato mundial acabar com uma goleada por 7 a 1, o Brasil tem agora a chance de voltar a ser a seleção número um do planeta.
Em alta desde que demitiu Dunga e passou a ser dirigida por Tite, a equipe canarinho pode sair da Data Fifa de novembro como líder do ranking da entidade.
Atual número três da lista, o Brasil precisa necessariamente vencer seus dois compromissos das eliminatórias da Copa do Mundo-2018 (Argentina, nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, e Peru, na terça, em Lima) para poder dar o salto na classificação.
Caso isso aconteça, a seleção subirá dos atuais 1410 para 1544 pontos e aparecerá pelo menos na segunda posição na próxima edição do ranking –a Alemanha, atual vice-líder, só pode chegar a 1456 neste mês.
Para ser o número um do planeta, o time de Tite ainda dependerá de mais um tropeço da Argentina. A equipe de Messi só sairá da dianteira do ranking se também for batida pela Colômbia, terça, em casa.
Com duas derrotas, o argentinos cairão de 1621 para 1537 pontos e serão ultrapassados pelos seus arquirrivais, de acordo com o simulador do ranking da Fifa, disponibilizado pela entidade em seu site oficial.
Seleção que mais ocupou a liderança da lista na história, o Brasil está fora da primeira colocação desde julho de 2010. Nos últimos anos, acumulou resultados negativos que chegaram a colocá-lo no 22º lugar, sua pior posição em todos os tempos.
Desde que Tite foi contratado, após o fracasso na Copa América, em junho, o time pentacampeão mundial vem reagindo. As quatro vitórias consecutivas e o 100% de aproveitamento com o novo treinador fizeram a equipe saltar da nona colocação para o terceiro lugar.
Criado em 1993, o ranking da Fifa não é uma classificação histórica das seleções, mas sim um compilado dos resultados dos últimos quatro anos –jogos disputados antes desse período têm a pontuação descartada.
A pontuação de cada time é uma média que leva em consideração o resultado, a importância da partida, o nível do adversário e de qual confederação ele é. Ou seja, partidas válidas pelas eliminatórias têm peso maior que simples amistosos. E enfrentar a Argentina rende bem mais pontos do que um confronto com Benin ou Andorra.
Mais de Seleções:
– Em alta, seleção já pode virar vice-líder do ranking da Fifa
– Para 10 ex-participantes de Copa do Mundo, Rússia-2018 já acabou
– Como Felipão ajudou a formar seleção sensação das eliminatórias
– Maior tabu, Brasil não bate Colômbia nas eliminatórias desde Kaká e Ronaldo
Sobre o Autor
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.
Sobre o Blog
Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.