Agora é fácil falar: França será a próxima melhor seleção do mundo
Rafael Reis
07/07/2016 18h01
"A 21ª colocação no ranking da Fifa, resultado prático dos quase dois anos sem disputar uma mísera partida oficial, ajuda a esconder a mais forte candidata ao posto próxima melhor seleção do mundo.
A França de 2016 lembra muito o início dos trabalhos que levaram Espanha e Alemanha à conquista das duas últimas Copas: fartura de jogadores talentosos em trajetória ascendente e a sensação de que falta apenas um título para a consagração."
Os dois parágrafos acima não foram escritos sob o calor da vitória por 2 a 0 dos franceses sobre a Alemanha, atual campeã mundial, nesta quinta-feira, que colocou a seleção anfitriã na decisão da Eurocopa-2016.
Três meses foram suficientes para a França começar a transformar essa previsão em realidade. Os Bleus não estão na final da Euro apenas porque jogam em casa, mas sim porque são a melhor equipe da competição continental.
Em um torneio marcado pelo equilíbrio e com zebras correndo soltas, o time de Didier Deschamps se mostrou imune a surpresas. Virou um jogo complicado contra a Irlanda nas oitavas e goleou a queridinha Islândia nas quartas.
Contra a Alemanha, mostrou uma faceta incomum para um time liderado por jogadores tão jovens (Pogba tem 23 anos e Griezmann, 25): a maturidade.
A França não foi melhor que os germânicos no primeiro tempo. Pelo contrário, deixou a bola com os adversários e até levou um sufoco. Mas descolou um pênalti em erro bobo de Schweinsteiger. E aproveitou a chance com Griezmann.
O segundo gol, já na etapa final, mostrou tudo aquilo que a França tem de melhor. O talento de Pogba para dar um drible lindo em Mustafi foi transformado em gol pelo oportunismo de Griezmann, que tocou de sola para dentro da meta.
A França vai derrotar Portugal no domingo e será campeã europeia? Não sou profeta para dizer. Mas que a próxima melhor seleção do mundo está madurinha para assumir seu lugar de direito. Ah, isso ela está.
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Sobre o Autor
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.
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Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.