Não são só os Emirados: Dinheiro da China também sustenta o City
Só na última década, o Manchester City conquistou nove dos 21 títulos de sua história. Também chegou pela primeira vez à semifinal da Liga dos Campeões, firmou-se como uma das maiores potências do futebol europeu e como o clube a ser batido na Inglaterra.
Não é exagero nenhum dizer que a história do líder da Premier League pode ser dividido em antes e depois da aquisição do clube pelo xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, membro da família real de Abu Dhabi, em 2008.
Mas o que pouca gente sabe é que nem todo o dinheiro que financia craques como Kevin de Bruyne, Sergio Agüero e Leroy Sané vem dos petrodólares do governo dos Emirados Árabes Unidos.
Os árabes são os acionistas majoritários do City e controlam 86,2% do capital do clube. Mas os outros 13,8% das ações estão nas mãos de um outro grupo de elevada importância no futebol internacional atual: os chineses.
O CITIC Group é um fundo de investimento estatal do governo da China presente em inúmeros países, como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e, claro, Inglaterra. Para virar sócio do time de Manchester, em dezembro de 2015, ele gastou US$ 400 milhões (R$ 1,5 bilhão, na cotação atual).
O dinheiro foi investido na expansão internacional do clube. Atualmente, a equipe de Pep Guardiola conta com clubes-satélites nos EUA (New York City), na Austrália (Melbourne City), no Japão (Yokohama Marinos), no Uruguai (Torque) e na Espanha (Girona).
Os chineses não estão apenas no City. Inter de Milão, Atlético de Madri, Nice, Wolverhampton e West Bromwich são alguns dos outros times importantes do Velho Continente que contam com capital oriental.
No atual campeão inglês, os chineses têm pouca voz ativa. Por serem acionistas minoritários, eles só indicaram um dos nove nomes que compõem o alto escalão diretivo do clube: Li Ruigang, presidente do fundo.
A administração do City fica mesmo a cargo do árabe Khaldoon Al Mubarak, homem de confiança do xeque Mansour, e do executivo espanhol Ferran Soriano, ex-Barcelona e contratado a peso de ouro em 2012.
Desde que foi comprado pelos árabes, o clube de Manchester faturou três edições da Premier League (2012, 2014 e 2018), uma Copa da Inglaterra (2011), três Copas da Liga (2014, 2016 e 2018) e duas Supercopas inglesas (2012 e 2018).
No período, o City gastou mais de 1,5 bilhão de euros (R$ 6,5 bilhões) em contratações de jogadores. Só nas últimas três temporadas, fase em que passou a contar também com investimento do extremo Oriente, quase 740 milhões de euros (R$ 3,2 bilhões) foram torrados em reforços.
Ou seja, o técnico Pep Guardiola tem a muito a agradecer aos árabes. E, também, aos chineses.
Mais de Clubes
– Peñarol dá comida e médico para ex-jogadores em dificulddaes financeiras
– Hotel do Boca tem Maradona na porta e diárias a partir de R$ 280
– Conheça o clube argentino que tem nome do River e uniforme do Boca
– Drama do Corinthians: 5 times campeões em um ano e rebaixados no outro
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.