7 jogadores estrangeiros que trocaram o futebol pela política
Romário já é senador e quer ser governador do Rio de Janeiro. Danrlei, Ademir da Guia, Bebeto, Paulo Rink, Bobô, Luizão, Galatto, Marcelinho Carioca e vários outros ex-jogadores de futebol são candidatos a deputado em seus respectivos estados.
Esse fenômeno não é recente e nem exclusividade do Brasil. Em todos os cantos do mundo, há relatos de atletas que trocaram os gramados pela vida política.
Apresentamos abaixo sete ex-jogadores estrangeiros de sucesso que percorreram esse caminho. Na lista, há prefeito de capital de país, governador e até mesmo um presidente de república.
GEORGE WEAH
Libéria
52 anos
Ex-Milan, Mônaco e PSG
Pode um jogador de futebol se tornar presidente do seu país? O ex-atacante George Weah, único africano vencedor do prêmio de melhor do mundo (1995), provou que sim. Ex-senador e derrotado nas eleições presidenciais de 2005, o ídolo do Milan e pai de Timothy Weah, companheiro de Neymar no Paris Saint-Germain, foi eleito no ano passado presidente da Libéria, país de 4 milhões de habitantes localizado no oeste da África. Seu mandato vai até o fim de 2023.
CUAUHTÉMOC BLANCO
México
45 anos
Ex-América (MEX), Valladolid e Chicago Fire
Um dos maiores ídolos da história do futebol mexicano, entrou para a política logo depois de pendurar as chuteiras há dois anos e meio. Blanco já foi prefeito de Cuernavaca, cidade de 350 mil habitantes, e, desde o começo do mês, ocupa o cargo de governador do estado de Morelos. O ex-atacante também tem uma ficha bem suja: já foi investigado por supostamente ter pago uma mesada com dinheiro público para oito familiares e até acusado de ser mandante do assassinato de um líder local.
LILIAN THURAM
França
46 anos
Ex-Parma, Juventus e Barcelona
Campeão mundial com a França em 1998 e um dos maiores defensores do futebol mundial nas últimas décadas, Thuram nunca ocupou cargo público, mas vive intensamente a política. O francês é embaixador da Unicef e ativista da luta contra racismo e da liberdade sexual. Durante o governo Nicolas Sarkozy, chegou a ser convidado para ocupar o Ministério da Diversidade, mas recusou o cargo. É ferrenho opositor de Marine Le Pen, líder da extrema-direita francesa.
KAKHA KALADZE
Geórgia
40 anos
Ex-Milan
Bicampeão da Liga dos Campeões pelo Milan em 2003 e 2007, o ex-zagueiro georgiano entrou para a política assim que pendurou as chuteiras. Logo no primeiro ano de sua nova carreira, 2012, assumiu o Ministério da Energia do seu país. Kaladze ocupou o cargo até julho de 2017, quando se afastou para concorrer à prefeitura de Tbilisi, a capital da Geórgia. O ex-jogador acabou eleito com 51,3% dos votos.
MARC WILMOTS
Bélgica
49 anos
Ex-Schalke 04 e Bordeaux
Técnico da Bélgica na Copa do Mundo-2014 e na Euro-2016, o ex-atacante tentou uma carreira política antes de ir para os bancos de reservas. Wilmots, que disputou quatro Copas, marcou cinco gols e foi ídolo da seleção belga na década de 1990, assumiu o posto de senador em 2003, logo após ter pendurado as chuteiras. Muito criticado por ter usado a fama conquistada nos gramados para alavancar sua carreira política, abdicou do cargo dois anos depois e voltou a viver para o futebol.
HAKAN SUKUR
Turquia
47 anos
Ex-Galatasaray e Inter de Milão
Autor do gol mais rápido da história das Copas do Mundo e destaque da seleção turca que foi terceira colocada em 2002, o ex-centroavante foi deputado entre 2011 e 2015. Apesar de ter sido do mesmo partido do atual presidente Recep Erdogan, Sukur vive em asilo político nos EUA. Em sua terra natal, foi condenado por criticar nas redes sociais o antigo correligionário e é acusado de ligações com grupos terroristas contrários ao regime.
GRZEGORZ LATO
Polônia
68 anos
Ex-Stal Mielec, Lokeren e Atlante
Artilheiro da Copa do Mundo de 1974 e maior nome da história do futebol polonês, elegeu-se senador em 2001 e compôs a base governista até 2005, quando seu mandato chegou ao fim. A partir de então, passou a se dedicar à política esportiva. Em 2008, assumiu a presidência da Federação Polonesa de Futebol, cargo que ocupou por quatro anos –curiosamente, foi substituído por outra estrela do esporte nacional, o ex-atacante Zbigniew Boniek.
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