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Rafael Reis

Falta de gols e até banco assustam indicados a prêmio de melhor do mundo

Rafael Reis

04/09/2018 08h48

Cristiano Ronaldo, Luka Modric e Mohamed Salah são os finalistas do prêmio de melhor jogador do mundo pelo que fizeram na temporada passada. Se fosse pelo início da atual, a lista da Fifa provavelmente seria bem diferente.

Jejum de gols, perda de protagonismo, polêmicas no Mercado da Bola e até banco de reservas têm feito parte da rotina das últimas semanas dos três candidatos a levantar o troféu do "The Best".

Único dos finalistas que já venceu a eleição, o pentacampeão Cristiano Ronaldo (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017) é quem mais tem sido pressionado a melhorar de rendimento.

Contratado por 117 milhões de euros (R$ 507 milhões) após nove temporadas no Real Madrid, o astro português ainda não conseguiu balançar as redes pela Juventus.

Tudo bem que foram apenas três partidas pelo clube italiano, mas, em se tratando de CR7, esse já é um jejum bem acima do normal e bastante incômodo.

Na temporada passada, o camisa 7 só emendou três jogos consecutivos sem marcar uma única vez: entre dezembro e janeiro, quando passou em branco contra Barcelona, Celta de Vigo e Villarreal.

Assim como Ronaldo, Modric também não marcou desde a volta das férias. Mas, no caso do maestro da Croácia no histórico vice-campeonato mundial na Copa da Rússia-2018, nem é a ausência de gols que preocupa.

O meio-campista ficou um tanto quanto queimado no Real após um namoro com a Inter de Milão na última janela de transferências. O interesse de se transferir para a Itália acabou não se concretizando, mas abalou o relacionamento do jogador com a torcida.

Em meio a esse impasse, Modric ainda não jogou os 90 minutos de nenhuma das quatro das partidas do Real nesta temporada. Em duas delas, o técnico Julen Lopetegui o sacou no segundo tempo. Nas outras duas, deixou-o no banco e só o levou a campo durante a etapa final.

Dos três finalistas do prêmio da Fifa, o único que já marcou nesta temporada é Salah. Mas, mesmo o egípcio, viu oi ritmo dos seus gols diminuírem neste começo de 2018/19.

O Faraó marcou duas vezes nas quatro primeiras rodadas do Campeonato Inglês. Pouco, se comparados aos 32 gols anotados em 36 jogos da edição anterior da Premier League.

Além disso, que mais tem chamado o protagonismo no Liverpool, líder da competição, não é mais Salah, mas sim um dos seus companheiros de ataque, o senegalês Sadio Mané, que já meteu quatro bolas nas redes.

O vencedor da eleição de melhor jogador do mundo será anunciado em 24 de setembro, durante uma cerimônia em Londres (ING). No mesmo dia, serão entregues outros prêmios, como o Puskás e o de melhor treinador do planeta.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.