Balcão de Negócios: 190 jogadores mudaram de clube após Copa-2018
A Copa do Mundo é a maior competição de planeta do futebol. Mas também é um imenso balcão de negócios para os jogadores das 32 seleções participantes.
Cerca de 40 dias após a vitória por 4 a 2 da França sobre a Croácia, na decisão da Rússia-2018, nada menos que 25,8% dos atletas que participaram do torneio já mudaram de clube.
No total, são 190 jogadores com endereço novo na temporada 2018/19. Na prática, isso significa que um a cada quatro atletas que participaram do Mundial foi vendido ou emprestado nesta janela de transferências.
Os participantes da Copa-2018 movimentaram mais de 1,1 bilhão de euros (quase R$ 5,2 bilhões) em trocas de time, mais de 20% do total de 5,3 bilhões de euros (R$ 25 bilhões) que já mudaram de mão por meio de transações neste meio de ano.
Curiosamente, a seleção que mais movimentou o Mercado da Bola passou longe de fazer uma campanha de destaque na Rússia e foi embora ainda na primeira fase, com apenas uma vitória em três jogos disputados.
Quase metade dos jogadores que o Peru levou para o Mundial trocou de clube nesta janela. Foram 11 transferências, duas delas envolvendo times brasileiros: o Internacional tirou o centroavante Paolo Guerrero do Flamengo e o São Paulo vendeu o meia Christian Cueva para o russo Krasnodar.
Por outro lado, Inglaterra e Alemanha foram as seleções que menos tiveram atletas negociados no período.
Os ingleses, semifinalistas do Mundial, viram apenas o meia Ruben Loftus-Cheek voltar para o Chelsea depois do empréstimo ao Crystal Palace. Já os germânicos, que decepcionaram e caíram na fase de grupos, tiveram somente a ida do meia Leon Goretzka (ex-Schalke 04) para o Bayern de Munique.
Na seleção brasileira, três dos 23 convocados por Tite descolaram uma boquinha nova nesta temporada. O goleiro Alisson trocou a Roma pelo Liverpool, o meia Paulinho deixou o Barcelona para retornar ao Guangzhou Evergrande, da China, e o também meio-campista Fred saiu da Ucrânia (Shakhtar Donetsk) para atuar na Premier League inglesa (Manchester United).
Evidentemente, nem todos os negócios envolvendo jogadores que foram à Copa aconteceram devido ao futebol mostrado durante a competição. A Juventus, por exemplo, contratou o português Cristiano Ronaldo pelo conjunto da obra, não pelo que ele fez no Mundial.
Mas, em outros casos, o torneio foi sim uma vitrine decisiva para viabilizar a transferência. Se não fosse a Copa, o Monaco dificilmente teria investido na contratação do meia Aleksandr Golovin, destaque da seleção russa, e o Barcelona provavelmente não teria descoberto o lateral direito senegalês Moussa Wagué.
A Copa do Mundo é a maior competição de planeta do futebol. Mas também é um imenso balcão de negócios para os jogadores das 32 seleções participantes. Isso não dá para discutir.
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