"Rei do Passe": conheça o meia que Tite está prestes a perder para a Itália
Na próxima sexta-feira, o técnico Tite pode perder uma importante opção para o meio-campo da seleção brasileira visando a Copa-2018 e também para o pós-Mundial da Rússia.
Se entrar em campo contra a Suécia, pela repescagem das eliminatórias, e assim disputar sua primeira partida oficial com a camisa da Itália, o catarinense Jorginho não poderá mais defender o país onde nasceu.
Mas, afinal, quem é esse jogador de 25 anos que que pode escolher entre duas das seleções mais vitoriosas da história do futebol mundial? E o que ele tem de tão de especial?
O meia do Napoli é simplesmente o "rei do passe" do futebol europeu na atualidade. De acordo com o "Who Scored?", site especializado em estatísticas, nenhum jogador que atua no primeiro escalão do Velho Continente distribuiu tantos passes quando o ítalo-brasileiro.
Na atual temporada, Jorginho ostenta uma média de 111 passes por partida. O segundo colocado, Marco Verratti, do Paris Saint-Germain e agora seu companheiro na seleção italiana, tem 108,5 passes por jogo.
Dentre os convocados de Tite para defender o Brasil, quem mais faz a bola rodar é Fernandinho, do Manchester City, o sétimo no ranking, com média de 84,8 passes a cada 90 minutos.
Para se ter uma ideia do que significa ser o "rei do passe" da Europa é legal olhar para os antigos detentores do posto. Os espanhóis Xavi (ex-Barcelona) e Xabi Alonso (ex-Real Madrid, Liverpool e Bayern de Munique) já ocuparam o lugar que pertence a Jorginho.
O camisa 8 do Napoli também chama a atenção pelo aproveitamento dos passes. Ele consegue completar 92,3% dos toques para os seus companheiros, o sexto melhor desempenho de todo o Campeonato Italiano e o terceiro entre os meio-campistas.
Ou seja, Jorginho toca muito na bola e quase sempre dá prosseguimento às jogadas. Essas características fazem dele o motorzinho do líder do Campeonato Italiano, o cara que permite que o Napoli mantenha a posse de bola e envolva seus adversários com um jogo de passes curtos e precisos.
Natural de Imbituba (a 90 km de Florianópolis) e descendente de italianos, o meia se mudou para a terra dos seus ancestrais ainda na adolescência e nunca defendeu nenhum clube brasileiro.
Jorginho começou a chamar a atenção em 2013, quando estreou na primeira divisão pelo Hellas Verona. No fim do ano, acabou contratado pelo Napoli por 9,5 milhões de euros (R$ 36,2 milhões).
Com passagem pelas equipes de base da Itália, Jorginho chegou à seleção principal no primeiro semestre do ano passado e participou de amistosos contra Espanha e Escócia. Mas não foi mais convocado, o que abriu a possibilidade de migrar para o Brasil.
Durante a última convocação do Brasil, feita no fim do mês passado, o coordenador de seleções da CBF, Edu Gaspar, admitiu que Tite estava observando o meia e revelou que conversou com o jogador do Napoli sobre a possibilidade de uma chamada futura.
Mas Giampiero Ventura chegou antes. No sábado, o técnico da Itália chamou Jorginho para os jogos decisivos contra a Suécia e irá selar o destino do "rei do passe" caso coloque-o em campo na próxima sexta ou na segunda-feira (13).
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