"Filho" de Felipão, Arce elege Luxemburgo como mentor dentro de campo
Foi ao lado de Luiz Felipe Scolari que Chiqui Arce viveu seus melhores momentos como jogador. Sob comando do treinador gaúcho, o então lateral direito de Grêmio e Palmeiras ganhou duas Libertadores (1995 e 1999).
Mas engana-se quem pensa que o atual treinador da seleção paraguaia tem o comandante do pentacampeonato mundial brasileiro como referência única para o seu trabalho.
"É claro que o Felipão é uma grande influência para mim, principalmente em relação à forma como lidar com os jogadores e ao ambiente, é quase como se fosse meu pai. Mas, dentro de campo, me inspiro até mais em dois outros brasileiros, Paulo César Carpegiani e Vanderlei Luxemburgo", afirmou Arce, em entrevista no primeiro semestre.
Carpegiani dirigiu Arce por dois anos na seleção paraguaia, entre 1996 e 1998. Juntos, eles levaram a equipe guarani às oitavas de final da Copa do Mundo da França –perderam para a anfitriã apenas na prorrogação.
Já Luxemburgo foi mais um adversário que um aliado. Eles até ficaram lado a lado no Palmeiras em 2002, mas as lembranças mais marcantes de Luxa para o paraguaio são os clássicos contra Felipão na década de 1990.
"São dois treinadores muito inteligentes taticamente e que gostam de um futebol bem jogado", define.
Aposentado desde 2006, Arce virou treinador já no ano seguinte. Em uma década na nova carreira, dirigiu Rubio Ñu, Cerro Porteño e Guaraní e conquistou por duas vezes o título paraguaio.
Mas ainda não conseguiu cumprir um dos seus principais objetivos, apesar de já ter recebido convites para isso: retornar ao Brasil e trabalhar mais uma vez em Palmeiras e Grêmio, clubes onde até hoje é tratado como ídolo.
Em sua volta à seleção paraguaia, equipe pela qual já havia tido uma discreta passagem entre 2011 e 2012, Arce não tem tido muitos motivos para sorrir.
Nos três primeiros jogos, sofreu duas derrotas (Uruguai e Colômbia) e conquistou apenas uma vitória (Chile). Além disso, a zona de classificação nas eliminatórias da Copa do Mundo já ficou a quatro pontos de distância.
A partida desta terça-feira, a quarta de Arce, também não promete facilidade. Os paraguaios enfrentam a Argentina, seleção número um do ranking da Fifa, fora de casa.
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