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Rafael Reis

Caçula do futebol, 10 da Dinamarca só jogou na base e é fã de Bieber

Rafael Reis

10/08/2016 06h00

Jacob Bruun Larsen é um garoto como tantos outros de sua idade. Posta inúmeras fotos ao lado dos amigos nas redes sociais, está na fase final da preparação para a entrada no mercado de trabalho e curte o som de Justin Bieber.

A diferença para os outros adolescentes é que ele está na Rio-2016 e veste a camisa 10 da seleção olímpica de futebol da Dinamarca, adversária desta quarta-feira do Brasil em partida da última rodada da fase classificatória dos Jogos.

Bruun Larsen

Nascido em 19 de setembro de 1998, o atacante do alemão Borussia Dortmund é o caçula do torneio masculino e também um dos jogadores menos experientes inscritos no torneio.

Se Neymar, o camisa 10 do Brasil é uma estrela internacional e tem recebido inúmeras críticas da torcida pelo futebol decepcionante apresentado até agora, Bruun Larsen não tem nada a perder nos Jogos Olímpicos.

O garoto de 17 anos jamais disputou uma partida profissional em sua carreira. Contratado do dinamarquês Lyngby em janeiro de 2015, passou seu primeiro ano e meio no Dortmund atuando pelas equipes sub-17 e sub-19.

Mesmo atuando ao lado de atletas de sua idade (ou só um pouco mais velhos), Bruun Larsen não mostrou nada de excepcional. Marcou 14 gols e deu 14 assistências em 48 partidas, pouco para ganhar uma chance na equipe de cima.

Mas então, como o caçula do futebol olímpico foi parar na Rio-2016 e ganhou a nobre camisa 10?

Bruun Larsen não era a primeira, a segunda, a terceira e nem mesmo a quarta opção do técnico Niels Frederiksen para a Olimpíada. Mas as dificuldades para conseguir a liberação de jogadores e o corte de três convocados às vésperas do torneio acabaram lhe dando a chance na seleção.

Apesar de reserva, o caçula participou das duas partidas da Dinamarca nos Jogos e fez a jogada do gol da vitória por 1 a 0 sobre a África do Sul.

Líder do Grupo A, os dinamarqueses precisam apenas de um empate nesta quarta-feira para avançar às quartas de final. Já o Brasil tem de vencer para que sua classificação não dependa de outros resultados.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.