Champions começa com amadores, estádio com 1.300 lugares e hino opcional
Em vez de Messi, Cristiano Ronaldo, Suárez e Ibrahimovic, um monte de jogadores desconhecidos do grande público e até alguns que não têm o futebol como principal fonte de sustento.
Camp Nou, San Siro e Allianz Arena cedem seus lugares para estádios acanhados, que não poderiam nem ser utilizados na Série B do Campeonato Brasileiro.
E nem mesmo a tradicional musiquinha "The Champions…." dá as caras em todas as partidas.
Exatamente um mês depois de o Real Madrid conquistar seu 11º título da Liga dos Campeões e meio à Eurocopa, a principal competição interclubes do Velho Continente recomeça nesta terça-feira sem o glamour e a badalação que lhe são peculiares.
Quatro partidas abrem a primeira fase preliminar do torneio. Irão a campo os campeões nacionais dos oito países com pior classificação ranking na Uefa (Estônia, Gibraltar, Gales, San Marino, Malta, Ilhas Faröe, Andorra e Armênia).
Chance única para alguns clubes que não são 100% profissionais, casos do Lincoln City (Gibraltar) e do Tre Penne (San Marino), que contam com jogadores em seus elencos que dividem o tempo entre o futebol e outras profissões.
Dos quatro jogos de ida da primeira fase, três serão disputados em estádios com capacidade inferior a 10 mil pessoas, mínimo exigido pela CBF para partidas da segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
O Estadi Comunal, onde o Santa Coloma (Andorra) irá enfrentar o Alashkert (Armênia), pode receber no máximo 1.300 torcedores. O Park Hall, casa do TNS (Gales), adversário de estreia do Tre Penne, é um pouco maior e lota com 2.000 pagantes.
Com espaços tão acanhados, o hino da Liga dos Campeões, uma das marcas da competição, acaba sendo um luxo. Segundo o regulamento da Uefa, a exibição da música só é obrigatória a partir dos playoffs, a última eliminatória antes da fase de grupos.
"Mas no nosso jogo vai tocar, sim", afirma o ala direito brasileiro Romeu Romão, do Valletta (Malta), que enfrenta o B36 (Ilhas Faröe).
"Vai ser minha primeira vez na Champions. Para mim, é gratificante disputar a competição, porque tudo aquilo que a gente sonhou está se tornando realidade. Querendo ou não, estamos a quatro passos da fase de grupos", diz o jogador, que é profissional e passou pelas bases de Cruzeiro e Atlético-MG e defendeu o Palmeiras B.
Como Romeu fez questão de frisar, os vencedores dos quatro mata-matas da primeira eliminatória, ainda terão mais três fases a superar até chegar à fase de grupos.
Na segunda eliminatória, entram os representantes de mais 30 países, entre eles Suécia e Croácia. Os campeões de Grécia, Romênia e República Tcheca ingressam na terceira eliminatória. E o playoffs, já contam com a participação de representantes dos países mais bem posicionados do ranking, como Inglaterra (Manchester City) e Espanha (Villarreal).
A fase de grupos da Liga dos Campeões começa no dia 7 de setembro. A final da competição será em jogada em 3 de junho do próximo ano, em Cardiff (Gales).
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