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Rafael Reis

Dinheiro chinês e filial na Índia: 5 curiosidades do Atlético de Madri

Rafael Reis

03/05/2016 06h00

A um empate (ou derrota por um gol de diferença, desde que balance as redes do Bayern de Munique, nesta terça-feira) de se classificar para sua segunda decisão de Liga dos Campeões da Europa nos últimas três temporadas, o Atlético de Madri só voltou a ter relevância no cenário internacional recentemente.

O segundo time da capital espanhola andava afastado dos holofotes até a chegada do técnico argentino Diego Simeone, em 2011, que colocou os "colchoneros" nos trilhos e já lhes deu cinco títulos desde então, inclusive o Espanhol de 2014.

Até por isso, o Atlético é menos conhecido do torcedor brasileiro que a maioria dos grandes clubes da Europa, como Barcelona, Real Madrid, Bayern de Munique, Manchester United e Juventus.

Por isso, listamos cinco curiosidades que você provavelmente não sabe sobre o semifinalista da Champions e um dos times mais temidos do mundo na atualidade.

DINHEIRO DA CHINA
Atletico da China
Desde o ano passado, 20% das ações do Atlético pertencem ao Wanda Group, um conglomerado chinês com negócios que vão de hotéis de luxo a redes de cinema, com direito também a lojas de departamento. O bilionário Wang Jianlin, proprietário da empresa e o homem mais rico da Ásia, de acordo com a revista "Forbes", pagou a bagatela de 45 milhões de euros (R$ 177 milhões) para se tornar acionista do clube.

FILIAL NA ÍNDIA
Sabem a Superliga indiana, aquela que é maldosamente conhecida como "Liga dos Aposentados"?  Pois o Atlético de Madri possui uma filial lá. O clube espanhol é um dos proprietários do Atlético de Calcutá, time campeão da primeira edição do torneio, em 2014, e semifinalista no ano passado. A equipe foi dirigida nas duas temporadas por um ex-jogador do Atlético espanhol Antonio Habas e tinha como astro Luis García, ex-Liverpool e também com passagem pelo clube colchonero.

MUNDIAL SEM CHAMPIONS
Apesar de nunca ter vencido a Liga dos Campeões, o Atlético é campeão mundial. Derrotado pelo Bayern de Munique na decisão europeia de 1974, os espanhóis acabaram indo para o Mundial de Interclubes porque a equipe alemã não quis enfrentar o Independiente (ARG) pelo troféu intercontinental. Os madrilenos acabaram ficando com o título após perderem por 1 a 0 na Argentina e vencerem por 2 a 0 na Espanha.

O VERDADEIRO REAL
Rei da Espanha
Apesar de seu arquirrival levar o nome de Real, o Atlético de Madri é o verdadeiro time da família real espanhola. O rei Filipe VI e seu pai e antecessor no cargo, Juan Carlos, são torcedores do clube e costumam dar suas caras no Vicente Calderón. Na semifinal contra o Bayern, semana passada, foi a vez da princesa Leonor, 10, herdeira da Coroa, dar suas caras no estádio pela primeira vez.

CHAMPIONS OU OSCAR?
Presidente do Atlético há 13 anos, Enrique Cerezo é produtor de cinema e mandatário de uma organização que defende os direitos dos produtores audiovisuais em países de língua espanhola e nos Estados Unidos. Os filmes de Cerezo, no entanto, não costumam ter muita repercussão internacional e servem apenas ao mercado espanhol. Nos últimos anos, o produtor, que continua em atividade, tem se dedicado principalmente a comédias.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.