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5 motivos para a França acabar com "maldição" dos campeões mundiais

Rafael Reis

06/09/2018 04h00

Cinquenta e três dias depois de conquistar o segundo título mundial de sua história, a França volta a campo nesta quinta-feira, contra a Alemanha, pela rodada de abertura da Liga das Nações, nova competição da Uefa que estreia nesta temporada.

E sua primeira adversária pós-Copa serve como um alerta para o futuro francês. Campeã mundial em 2014, a equipe germânica protagonizou um vexame na Rússia-2018 e caiu na primeira fase.

A Alemanha é a mais recente vítima de uma espécie de "maldição" que atinge os vencedores da Copa do Mundo. As duas últimas campeãs antes dela, Espanha-2010 e Itália-2006, também pararam na fase de grupos da edição posterior à de suas conquistas.

Motivo de pânico para a França? Não necessariamente. Abaixo, listamos cinco motivos pelos quais o time de Mbappé, Pogba e Griezmann pode acabar com esse estigma negativo e fazer bonito na próxima Copa.

TIME JOVEM
Os franceses dificilmente cometerão o tradicional erro de chegar à próxima Copa com uma equipe envelhecida. Isso porque o grupo que conquistou o bicampeonato mundial era muito jovem. Quinze dos 23 jogadores que participaram da vitoriosa campanha na Rússia-2018 tinham no máximo 25 anos. Ou seja, ainda nem serão trintões no Qatar-2022. Desde o tricampeonato do Brasil em 1970, uma seleção não faturava a Copa com tantos jogadores jovens.

ESTRELA ASCENDENTE
Kylian Mbappé foi um dos melhores jogadores da última Copa do Mundo apesar de ter apenas 19 anos. Se nada muito fora do comum acontecer, o jovem do Paris Saint-Germain será um atacante ainda melhor daqui quatro anos. Contar com um dos (prováveis) grandes craques do planeta pode ser um trunfo importante para a França fazer bonito na defesa do seu título mundial.

BASE VALORIZADA
Apesar de não ter tido grandes resultados nas categorias de base desde o título mundial sub-20 de 2013, a França está repleta de jovens jogadores muito valorizados no mercado internacional. A prova disso é que quatro dos dez atletas sub-19 mais caros da última janela de transferências estão aptos a defender os "Bleus". Além de Mbappé, fazem parte desse grupo os atacantes Willem Geubbels (Monaco) e Myziane Maolida (Nice), assim como o goleiro Alban Lafont (Fiorentina).

CONSTÂNCIA
Desde que caiu na primeira fase da Copa-2010 e lavou a roupa suja em público, a França tem alcançado pelo menos as quartas de final de todas as competições que disputa. Na Euro-2012 e no Mundial do Brasil, a seleção ficou entre as oito melhores. No último torneio continental, há dois anos, foi até a final e perdeu para Portugal. E na Copa-2018, todo mundo lembra do resultado…

SOMBRA
Ao contrário do que aconteceu com Vicente del Bosque (Espanha) e Joachim Löw (Alemanha), o técnico da França, Didier Deschamps, tem dentro de casa uma grande "sombra". Por mais poderoso que tenha se tornado depois do bicampeonato mundial, o ex-volante continua convivendo com a possibilidade de ser trocado em algum momento por Zinédine Zidane, maior ídolo da história do futebol francês e vencedor de três edições da Liga dos Campeões à frente do Real Madrid. Ou seja, não dá para se acomodar muito.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis