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Caçula de trio, Neymar se machuca mais que Messi e Cristiano Ronaldo

Rafael Reis

01/03/2018 04h00

Com uma fissura no pé direito que pode encerrar prematuramente sua temporada de estreia no Paris Saint-Germain e causa apreensão no torcedor brasileiro às vésperas da Copa do Mundo, Neymar é o integrante do top 3 de craques do futebol mundial que mais frequenta o departamento médico.

Apesar de ser quase cinco anos mais novo do que Lionel Messi e sete mais jovem que Cristiano Ronaldo, o astro brasileiro acumula nos últimos anos mais problemas físicos do que os jogadores que lhe acompanharam nos prêmios de melhor do mundo em 2015 e 2017.

Desde que desembarcou no futebol europeu, em 2013, Neymar já desfalcou suas equipes (Barcelona, até julho do ano passado, e PSG, desde então) devido a contusões ou enfermidades em 34 partidas.

O levantamento, feito pelo site "Transfermarkt", que apresenta dados sobre o mercado de transferência e o cotidiano dos principais clubes da Europa, mostra Messi e Cristiano Ronaldo bem mais ativos no período.

Nos últimos cinco anos, o argentino perdeu 30 jogos do Barcelona por conta de problemas físicos. Já CR7 só ficou de fora de 21 apresentações do Real Madrid por estar entregue ao departamento médico.

A fissura no pé direito sofrida por Neymar durante o segundo tempo da vitória por 3 a 0 do PSG sobre o Olympique de Marselha, no domingo, foi a quarta contusão um pouco mais grave da fase europeia da carreira do atacante de 26 anos.

Entre julho e agosto de 2014, ele ficou 32 dias no estaleiro devido a uma fratura na terceira vértebra lombar em virtude de uma joelhada dada pelo colombiano Camilo Zúñiga, nas quartas de final da Copa do Mundo.

Em abril daquele mesmo, o atacante já havia desfalcado o Barcelona durante 25 dias por conta de um edema no pé esquerdo. No mesmo semestre, foram 32 dias afastado do futebol graças a um entorse no joelho direito.

O período de quase quatro anos sem nenhuma lesão mais séria chegou ao fim em uma jogada em que o brasileiro se contundiu sozinho. Após uma disputa de bola com Bouna Sarr, o brasileiro pisou em falso, torceu o tornozelo e teve a fissura.

O tratamento a que Neymar será submetido foi alvo de uma queda de braço entre o jogador e o PSG. Seu estafe solicitou que ele passasse por uma cirurgia, que diminuiria os riscos de uma nova lesão na região e o deixaria afastado dos gramados por cerca de dois meses.

Já o clube francês gostava mais da ideia de um tratamento conservador, sem intervenção cirúrgica, que devolveria o atacante ao futebol mais cedo (e não no fim da temporada europeia), mas traria um risco maior de a contusão não ser completamente curada e acabar se agravando.

O impasse foi resolvido na tarde da última quarta-feira, quando o PSG anunciou que Neymar virá ao Brasil para ser operado neste fim de semana pelo médico da seleção Rodrigo Lasmar.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis