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Melhor do mundo no PSG está perto de ser presidente, mas teve 1 frustração

Rafael Reis

19/10/2017 04h00

Adversário de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo na eleição de melhor jogador do mundo, o brasileiro Neymar pode se tornar na próxima segunda-feira o primeiro atleta do Paris Saint-Germain a conquistar o prêmio dado pela Fifa.

Bem, essa é só uma meia verdade.

Apesar de já ser jogador do Milan em 8 de janeiro de 1996, quando levantou seu troféu, o liberiano George Weah foi escolhido o melhor jogador do planeta por sua atuação em 1995, ano em que se dividiu entre o clube italiano e PSG.

Na ocasião, o centroavante derrotou o italiano Paolo Maldini, o alemão Jürgen Klinsmann e o brasileiro Romário, que ficaram, respectivamente, nas segunda, terceira e quarta colocações da eleição.

Único africano a ganhar o mais desejado prêmio individual do futebol mundial, Weah voltou aos holofotes nos últimos dias depois de ser o candidato mais votado no primeiro turno das eleições presidenciais da Libéria.

O ex-camisa 9 do PSG e do Milan é o favorito para ganhar também o segundo turno, no próximo mês, e assim realizar um dos dois grandes sonhos de sua carreira: ser presidente do país onde nasceu.

A outra grande meta de vida de Weah não foi alcançada. Mas isso não significa que ele não tenha se esforçado ao máximo para conseguir transformá-la em realidade.

O melhor jogador do mundo em 1995 sonhava classificar a Libéria, um país localizado no extremo oeste da África, com 4,5 milhões de habitantes e que atualmente ocupa a 135ª colocação no ranking da Fifa, para uma Copa do Mundo.

Os 22 gols marcados em 60 partidas pela seleção não foram a única contribuição de Weah para tentar tornar real esse sonho.

Ao longo de 16 anos de carreira, ele pagou do próprio bolso salários, viagens, premiações e até melhorias nas condições de treino para seus companheiros de seleção. Tudo para conseguir levar a Libéria ao Mundial.

Mas o mais próximo que Weah conseguiu disso foi disputar duas edições da Copa Africana de Nações (1996 e 2002) e bater na trave nas eliminatórias da Copa da Coreia do Sul e do Japão, em 2002.

Na ocasião, os liberianos chegaram à última rodada das eliminatórias dependendo de um tropeço da Nigéria contra Gana para conquistarem a classificação inédita. Só que os nigerianos venceram por 3 a 0 e impediram que o sonho de Weah se concretizasse.

Em 2003, prestes a completar 37 anos e jogando nos Emirados Árabes Unidos, o craque decidiu que chegara a hora de desistir da Copa, pendurar as chuteiras, entrar na política e mergulhar de vez na busca por seu segundo sonho.

Um sonho que agora está a alguns milhares de votos de se tornar realidade.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis