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24 anos depois, por onde andam os jogadores do último título da Argentina?

Rafael Reis

08/06/2017 04h00

A Argentina tem Lionel Messi, conta com uma escola capaz de produzir alguns dos melhores treinadores do mundo e possui um leque de opções para o ataque de causar inveja a qualquer seleção do planeta. Mas título que é bom…

A última conquista da seleção principal que enfrenta o Brasil em amistoso na manhã desta sexta-feira, na Austrália, faz tempo, muito tempo.

Em 4 de julho de 1993, ou seja, quase 24 anos atrás, quando Messi era apenas um garoto mirrado que brincava com a bola em Rosario, a Argentina venceu o México por 2 a 1 e faturou a Copa América.

Saiba abaixo os paradeiros dos jogadores responsáveis por esse feito, os homens que levantaram o último troféu argentino antes do amargo jejum que já dura mais de duas décadas.

POR ONDE ANDA – ARGENTINA (1993)

Sergio Goycochea (53 anos) – O ex-goleiro, que ficou famoso por defender pênaltis e teve uma rápida passagem pelo Internacional em meados da década de 1990, mergulhou no mundo da televisão. Depois de trabalhar e apresentar programas esportivos, Goycochea é hoje ator de novela. Entre novembro do ano passado e fevereiro, ele participou do elenco de "Por amarte así", obra exibida pela Telefe, canal líder de audiência na Argentina.

José Basualdo (53 anos) – O ex-meia e lateral direito que passou por 12 clubes diferentes em pouco mais de 20 anos de carreira levou essa vida nômade para seu pós-aposentadoria. Basualdo é um treinador de futebol sem muito brilho, que trabalhou no Equador, no Peru, no Chile, na Bolívia e até mesmo na Indonésia.

Oscar Ruggeri (55 anos) – Principal zagueiro de sua geração na Argentina, disputou três Copas do Mundo e jogou 21 partidas de Copa América. Depois da aposentadoria, dedicou-se durante oito anos à carreira de treinador e chegou a comandar clubes importantes, como Independiente, San Lorenzo e América (MEX). Desde 2009, trabalha como comentarista esportivo. Atualmente, participa de um programa diário na Fox Sports.

Jorge Borelli (52 anos) – Fez apenas 13 partidas pela seleção argentina, mas esteve no elenco que disputou a Copa do Mundo-1994. Zagueiro de pouco destaque internacional, é pai de três filhos, um deles, Eder, se tornou jogador profissional e defende o Juarez, do México.

Ricardo Altamirano (51 anos) – O lateral esquerdo do último título conquistado pela Argentina abandonou completamente o futebol depois da aposentadoria, em 1998. Altamirano retornou para sua cidade natal, Laguna Paiva, de pouco mais de dez mil habitantes, e se tornou dono de farmácia.

Diego Simeone (47 anos) – O camisa 10 da seleção argentina de 1993 é também hoje o mais bem sucedido dos integrantes daquela equipe. À frente do Atlético de Madri desde 2011, Simeone é um dos treinadores do primeiro escalão do futebol mundial na atualidade. Sob seu comando, a equipe da capital espanhola passou a fazer frente para Barcelona e Real Madrid, conquistou um título nacional e disputou duas finais de Liga dos Campeões da Europa.

Fernando Redondo (47 anos) – Volante de refinada classe e elegância, o argentino teve a carreira prejudicada por lesões e praticamente não jogou nos últimos quatro anos de sua carreira, entre 2000 e 2004, quando defendeu o Milan. Atualmente, Redondo é aluno do curso de formação de treinadores ofertado pela Uefa.

Gustavo Zapata (49 anos) – O ex-meia que desbravou o Japão na década de 1990 fez sua carreira pós-aposentadoria no River Plate, clube que o levou para a seleção argentina em 1991. Zapata chegou a ser treinador interino do River em 2012 e trabalhava em suas categorias de base até pouco tempo atrás.

Néstor Gorosito (53 anos) – Meio-campista com mais de 100 jogos com as camisas de River Plate e San Lorenzo, trabalha como treinador desde 2002 e teve duas experiências no futebol espanhol (Xerez, em 2010, e Almería, entre 2015 e 2016). Atualmente, dirige o San Martín, time que ocupa a 20ª colocação na primeira divisão argentina.

Alberto Acosta (50 anos) – Um dos grandes nomes da história do San Lorenzo e da Universidad Católica, o atacante chegou a esboçar uma carreira de treinador e trabalhou no Uruguai e na Romênia. Sem muito sucesso no banco de reservas, acabou optando pelo jornalismo esportivo. Atualmente, é comentarista da Fox Sports e de uma emissora de rádio.

Gabriel Batistuta (48 anos) – Principal destaque da conquista argentina, marcou três gols na Copa América, dois só na final contra o México. Após deixar os gramados, em 2005, passou a disputar competições de polo e de golfe. Batistuta também trabalhou durante um período na comissão técnica do Colón. No ano passado, comentou jogos da Liga dos Campeões na Fox Sports.

Fernando Cáceres (48 anos) – Substituiu Ruggeri ainda no primeiro tempo da final. Ex-zagueiro com quase 200 partidas pelo Celta de Vigo, da Espanha, ficou em coma durante quase dois meses em 2009 depois de ter sido baleado por assaltantes durante uma tentativa de roubo do seu carro em Buenos Aires.

Leonardo Rodríguez (50 anos) – Integrante da seleção argentina que disputou a Copa do Mundo de 1994, o ex-meia da Universidad de Chile virou empresário de jogadores depois da aposentadoria e se envolveu em um escândalo de corrupção com a diretoria do Independiente, um dos maiores clubes da Argentina.

Alfio Basile (73 anos) – Treinador da Argentina na Copa de 1994, teve uma segunda passagem pela seleção entre 2006 e 2008. Apelidado de Coco, treinou boa parte dos principais clube do seu país e também o Atlético de Madri. Está aposentado desde 2012, quando comandou o Racing.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis