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Melhor do mundo, CR7 já foi expulso da escola e acusado de furto

Rafael Reis

10/01/2017 06h00

Eleito pela quarta vez o melhor jogador do mundo (2008, 2013, 2014 e 2016), Cristiano Ronaldo deu muito trabalho à sua mãe, Dolores Aveiro, antes de se transformar em um astro internacional do futebol.

Pouco adepto dos estudos, o camisa 7 do Real Madrid e da seleção portuguesa teve uma vida escolar marcada por notas ruins, muitas faltas, uma expulsão e até mesmo acusação de furto.

Seu período mais crítico de comportamento coincidiu com a mudança da Ilha da Madeira para a Lisboa, aos 12 anos.

No início da adolescência, CR7 saiu de casa dos pais e migrou à capital de Portugal para treinar nas categorias de base do Sporting, clube pelo qual viria se profissionalizar e onde seu conto de fadas teria início.

Mas, antes de começar a brilhar nos times menores do clube lisboeta, tornar-se um garoto conhecido dos torcedores e começar a ganhar o dinheiro que tiraria sua família da miséria, Ronaldo teve seus problemas escolares mais sérios.

Ele foi expulso da escola onde estudava depois de lançar uma cadeira em direção à professora. Tudo isso dentro da sala de aula.

"Foi uma forma de ele se defender porque a professora estava a criticar seu sotaque da Ilha da Madeira", afirma Nelson Castro, 52, que era amigo do pai de Ronaldo, José Dinis Aveiro, e que conhece o melhor do mundo desde criança.

O livro "CR7 – Os Segredos da Máquina", publicado em 2014 pelos jornalistas Juan Ignacio Gallardo e Luís Miguel Pereira, conta outros detalhes obscuros da vida escolar da estrela do Real.

Um deles é um relatório sobre o comportamento de Cristiano Ronaldo que foi enviado pela escola onde ele estudava para o Sporting.

"Este jovem jogador tem evidentes problemas de estabilidade emocional, perde frequentemente o controlo de suas atitudes (…). Estamos convictos, porque a sua personalidade é ainda imatura e, portanto, não completamente formada, de que este jogador é um dos casos a merecer acompanhamento psicológico", diz o documento.

Foi nessa época também que o futuro astro chegou a ser acusado de furto. Seu relatório escolar apontava furtos de "uma lata de ice-tea a um colega", de "dois iogurtes" de uma funcionária do colégio e do lanche de um companheiro de clube que também estudava lá.

Mas Cristiano Ronaldo cresceu, superou os problemas comportamentais que marcaram sua vida escolar e se tornou um dos melhores jogadores do mundo. Quer dizer… o melhor jogador do mundo, pela quarta vez em sua carreira.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis